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Entenda como a tecnologia revolucionou a relação das pessoas com as finanças. Por: Brenda Sales
As pessoas modificaram a forma como costumavam se relacionar com o dinheiro. O cenário financeiro atual está marcado pelo envolvimento com a cultura digital e a tecnologia. Uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos apontou o aumento em 48% dos investimentos em tecnologia por parte dos bancos. Na pandemia da COVID-19, as transações nos canais digitais representaram 74%.
Para Fernando Ferraz, empresário há mais de 15 anos e CEO do Grupo H, as instituições criaram estratégias para auxiliar os brasileiros no ambiente pandêmico e gerar economia. “Houve muitas renegociações de dívidas e até aumento do prazo de carência, facilitando a movimentação financeira e a vida dos profissionais”, afirmou.
As principais preocupações dos diretores de risco são com a Inteligência Artificial e a cibersegurança, segundo a pesquisa Bank Risk Management. Em consonância, a atenção das pessoas atualmente é voltada para a privacidade de dados e a transformação digital. Dessa forma, o futuro do mercado financeiro aponta para um investimento em novos modelos de atendimento que sejam mais convenientes e seguros para os clientes.
1. LGPD
Uma das principais mudanças que impactou as instituições financeiras brasileiras foi a promulgação da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), em vigor desde 2020. A LGPD dispõe sobre o tratamento de dados pessoais para proteger a liberdade e a privacidade das pessoas. As empresas passaram a ser obrigadas a registrar a manifestação com o consentimento do titular, fortalecendo a confiança dos clientes.
De acordo com Ferraz, antes da LGPD havia normas sobre o fluxo de dados pessoais com maior liberdade para a sua utilização, a exemplo do Marco Civil da Internet. “As empresas mantinham enormes bases de dados, com muitas informações pessoais de seus clientes, sem uma razão específica para isso. Com a entrada da LGPD em vigor, as empresas devem coletar apenas os dados pessoais estritamente necessários, excluindo aqueles que não têm base legal para serem mantidos. Ou seja, aumentou o dever de transparência das empresas, que devem informar o que fazem com esses dados”, declarou.
2. Open Banking e Open Finance
O Open Banking, ou sistema bancário aberto, permite o cliente movimentar informações entre as instituições a partir de diferentes plataformas e não apenas por aplicativo ou site oficial do banco. Com a autorização do correntista, há a permissão para que os dados da conta sejam portabilizados para outras instituições, de forma segura e passível de ser cancelada a qualquer momento.
Já o Open Finance é um sistema mais completo que o Open Banking, e que chega ao Brasil justamente para substituí-lo. A “abertura do sistema financeiro” permite expandir as vantagens do compartilhamento de dados para o mercado financeiro como um todo, dessa forma, as informações poderiam ser usadas para seguros, hipoteca e previdência, por exemplo, se autorizadas pelo cliente.
“O Open Banking é utilizado para concentrar as informações de várias instituições. Já com o Open Finance o consumidor tem um leque de opções e oportunidades partindo de um único lugar, entretanto o Open Finance precisa ser mais difundido. Está mais como um projeto do Banco Central para democratizar o mercado financeiro, em que teremos várias instituições ofertando o mesmo produto em um lugar. É o futuro das finanças”, comentou Fernando Ferraz.
“O Open Banking é um avanço para o setor ao prometer aumentar a concorrência e ajudar nas decisões dos representantes bancários das pessoas. Entretanto, para o Brasil evoluir o seu sistema financeiro, deve aprofundar o uso de instrumentos de mercado de capitais. Desbancarizar, desintermediar e reduzir os obstáculos para que outros players ofereçam serviços de qualidade”, revelou Fernanda Mansano, economista-chefe do TradersClub.
3. Pix
Outra tecnologia que revolucionou o mercado brasileiro foi o lançamento do Pix, o novo modelo de pagamento instantâneo do país. O sistema foi criado para ser prático, rápido e seguro, além de funcionar durante todos os dias do ano, inclusive nos fins de semana, independendo do horário comercial para realizar e receber transferências.
Por se tratar de transferências instantâneas, requer atenção por ser mais dificultosa a recuperação do dinheiro. Ademais, o limite estabelecido para a movimentação financeira para o cliente está vinculado justamente ao seu perfil e poder aquisitivo, possibilitando a instituição financeira prever restrições ao Pix.
"Com a entrada da LGPD em vigor, as empresas devem coletar apenas os dados pessoais estritamente necessários, excluindo aqueles que não têm base legal para serem mantidos"
Fernando Ferraz, empresário
De acordo com Fernanda Mansano, apesar do pouco tempo de uso, o Pix já mudou a maneira como lidamos com o dinheiro. “As formas de pagamento no Brasil foram revolucionadas com o Pix, especialmente por conta da pandemia. Existem pesquisas segundo as quais os internautas brasileiros consideram o Pix melhor que outras transações bancárias tradicionais e que tendem a ser substituídas pelo novo sistema. Menos de um mês após o seu lançamento, em dezembro de 2020, já haviam sido realizadas 43 milhões de transações, que movimentaram R$ 40,5 bilhões. Um sucesso!”, considerou.
4. Omnichannel
Considerado uma tendência do varejo, o Omnichannel é pautado na convergência de todos os canais utilizados por uma empresa. Com isso, é possível explorar a interação integrada de lojas e consumidores. O conceito se preocupa com a experiência do cliente e investe na interação para modificar a decisão do comprador. É uma evolução que atenua a distinção entre o ambiente físico e o digital.
Fernanda Mansano comenta a importância da cultura digital no cenário atual, considerando que o mobile apareceu como uma forma de gerar mais controle e acesso às finanças, acelerando a comodidade nas operações. Para a economista, esse movimento tende a crescer.
Cuidados
Murilo Gomes, advogado especialista em Direito Digital da MoselloLima Advocacia, explica ser importante que os usuários tenham cautela e chequem as informações no ambiente virtual para a realização de movimentações financeiras. “É preciso apurar se o meio de comunicação é o oficial e certificar-se de que as informações constantes no texto ou diálogo prestado são pertinentes, atentando-se à sua qualidade”, informou.
“Para não cair em fraudes, é preciso desconfiar de vantagens excessivas e utilizar dispositivos seguros. Na dúvida, é importante tentar um contato pessoal com a empresa ou instituição financeira. Sem a confirmação, evite realizar a operação. Além disso, salve as suas senhas apenas onde tenha a efetiva certeza de que estão guardadas com segurança e com um nível de segurança avançado”, explica o advogado.
No fim, a tendência do mercado brasileiro aponta para um investimento crescente em tecnologia e aperfeiçoamento da experiência do cliente nas mais diversas áreas de consumo, já que as pessoas estão cada vez mais inseridas no ambiente digital e prezando por satisfação e segurança.
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