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Corrida de São Silvestre nasceu de inspiração parisiense e completa 100 edições em 2025

Corrida de São Silvestre nasceu de inspiração parisiense e completa 100 edições em 2025
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

29/12/2025 3:30pm

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Uma viagem a Paris foi o ponto de partida para a criação de uma das mais tradicionais provas de atletismo do mundo. Em 1924, o jornalista, empresário e advogado Cásper Líbero se encantou ao assistir a uma corrida noturna na capital francesa, em que atletas competiam empunhando tochas, criando um espetáculo de luz e emoção. Inspirado pela experiência, decidiu trazer a ideia para o Brasil, idealizando uma prova que fosse realizada sempre no último dia do ano.

Assim, na noite de 31 de dezembro de 1925, aconteceu a primeira edição da Corrida de São Silvestre, em São Paulo. O nome foi escolhido em homenagem ao santo celebrado na data. À época, inclusive, o nome da prova era grafado com “Y”. Cem anos depois, a competição se consolida como um dos maiores símbolos esportivos do país.

“A São Silvestre foi uma ideia do jornalista Cásper Líbero, que se entusiasmou ao ver aquela vibração toda em Paris e trouxe o conceito para o Brasil. Já em 1925 ele criou a primeira edição da corrida. Foi aí que nasceu a nossa prova, que hoje está completando a sua centésima edição”, destaca Eric Castelheiro, diretor-executivo da Corrida Internacional de São Silvestre.

Ao longo de sua história, a prova acumulou grandes nomes entre os vencedores. A maior campeã é a portuguesa Rosa Mota, com seis vitórias consecutivas conquistadas no início da década de 1980. Em seguida aparece o queniano Paul Tergat, com cinco títulos. Entre os brasileiros, o maior vencedor é Marílson Gomes dos Santos, tricampeão da competição.

Desde 1945, quando passou a ter caráter internacional, os atletas brasileiros venceram a São Silvestre 16 vezes — 11 títulos no masculino e cinco no feminino. Atualmente, a corrida é aberta a todos os públicos, com largadas específicas para atletas de elite, mulheres, homens, cadeirantes, demais atletas PCDs e amadores.

Além da tradicional prova de fim de ano, o evento conta ainda com a São Silvestrinha, edição especial realizada em outro dia no Centro Olímpico do Ibirapuera, voltada para crianças e adolescentes, reforçando o caráter inclusivo e formador da competição.