Crônica

11 de Setembro, 24 anos depois

11 de Setembro, 24 anos depois
Verônica Villas Bôas

Verônica Villas Bôas

11/09/2025 2:11pm

Foto: Reprodução site Aventuras na História / YouTube e WikiArcquitectura

Em 11 de setembro de 2001, o mundo parou diante das telas. Dois aviões se chocaram contra as Torres Gêmeas, em Nova York, transformando em cinzas não apenas um dos maiores símbolos do poder econômico global, mas também a sensação de segurança que muitos acreditavam inabalável. O atentado, arquitetado pela Al-Qaeda, foi planejado para ferir mais do que uma cidade ou um país: foi um golpe contra a ideia de que a paz mundial estava assegurada. Naquela manhã, a humanidade despertou para a realidade de que o terror, quando alimentado por ódios e extremismos, não reconhece fronteiras.

Vinte e quatro anos se passaram, e as imagens ainda permanecem vivas na memória coletiva. Hoje, mais do que nunca, compreendemos a fragilidade da paz. Basta olhar ao redor: guerras que persistem, novas ameaças que surgem, ideologias extremistas que se multiplicam em diferentes cantos do planeta. O 11 de setembro nos ensinou que não há garantias definitivas, que a paz é um bem tão precioso quanto frágil, exigindo vigilância, diálogo e coragem.

É nesse ponto que a liderança ganha peso. Presidentes, chefes de Estado, líderes políticos e comunitários — todos têm diante de si a responsabilidade de conduzir seus povos com equilíbrio, prudência e humanidade. Em tempos em que a radicalização se infiltra no tecido social, cada palavra mal colocada pode acender fogueiras, e cada gesto de sabedoria pode evitar catástrofes. Liderar, hoje, é mais do que governar: é zelar pela vida e pelo futuro.

O terrorismo, sob qualquer bandeira ou justificativa, deve ser condenado sem ressalvas. Não há causa que legitime o massacre de inocentes. A dor das famílias que perderam seus entes naquele 11 de setembro é um lembrete permanente de que a barbárie nunca pode se sobrepor ao diálogo, e que a vingança jamais deve substituir a justiça.

Passadas mais de duas décadas, resta-nos aprender: a paz é obra coletiva, e sua construção exige de cada um de nós — cidadãos, governos, instituições — o compromisso com o respeito, com a escuta e com a tolerância. Se o 11 de setembro nos mostrou o poder destrutivo do ódio, que este 11 de setembro, em 2025, seja lembrado como um convite à reconstrução permanente daquilo que nos torna humanos: a capacidade de viver juntos, apesar das diferenças.

Porque, no fim, a paz não é um estado conquistado, mas uma escolha diária.