"Sucesso é o impulso com que você pula depois que bateu no fundo" Gen. George S. Patton
É preciso estar vulnerável para deixar que o sucesso aconteça.
É preciso errar muitas vezes para perceber as sutilezas do terreno no qual pisará até atingir o sucesso. A vulnerabilidade bem entendida é estar aberto, receptivo ao novo. Sucesso é se sentir bem no momento em que está construindo a sua carreira. Conheço profissionais tão obsessivos com o acerto que por conta disso cometem grandes erros. O primeiro deles é iniciar qualquer diálogo com um “não”. O não contém um potencial destruidor, capaz de matar qualquer projeto bem sucedido e torná-lo um monte de pó e decepção, antes mesmo de nascer.
Quanto ao erro, eu acredito que o erro é subestimado. Assim como acredito que o sucesso é superestimado, na mesma proporção. Sucesso e fracasso são faces de uma mesma moeda. Você deve perseguir o êxito, mas cuidado com a pouca importância que se dá ao erro: isso pode matar seus sonhos.
Não analisamos o erro em todas as suas faces. Assim como nos empolgamos com o sucesso e perdemos a capacidade de analisá-lo nas camadas mais sutis da sua origem, na soma de todos os erros que produziram aquele sucesso todo. Ao cometermos um erro, queremos imediatamente enterrá-lo numa cova bem funda e esquecer que ele ocorreu. Por outro lado, se cuidássemos do erro com o zelo que ele merece, nos tornaríamos certamente profissionais melhores, cidadãos melhores, melhores seres humanos. O erro contém ensinamentos poderosos.
Conhecemos a história de grandes profissionais que quase sucumbiram aos seus primeiros erros. Mas que tiveram a sabedoria de admiti-los e daí produziram coisas extraordinárias, performances admiráveis. São incontáveis os exemplos. Você já pensou em Michael Jordan, dispensado do time de basquete da escola porque era considerado “baixinho”? E Walt Disney, demitido de um jornal em Kansas City porque “não era criativo o suficiente”? Qual era o nome do jornal mesmo? Einstein, considerado burro e mandado para casa com um bilhete para sua mãe, narrando sua incapacidade de entendimento? Stephen King ralou até que o “Carrie, a estranha” fosse lançado e se tornasse um dos maiores clássicos do terror. Muitas vezes tudo funciona perfeitamente bem e acontecem imprevistos, o que vale aqui é a sua capacidade de reação, de saber lidar com os “erros” e transformá-los em oportunidades positivas. Ou, como disse John Ford, “o insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteligência”. A verdade é que o equilíbrio é que movimenta o mundo: a soma de sucessos e fracassos. Assim, não importa quantas vezes você errou. Importa quantas vezes você tentou de novo e de novo e de novo até alcançar a sua meta.
"A ignorância como método"
“Tudo o que é preciso na vida é ignorância e confiança; depois, o sucesso está garantido.” Mark Twain, escritor.
Ignorância é uma palavra muito pouco valorizada. Geralmente utilizada como ofensa, mas ela equivale a um HD vazio, onde podemos depositar, sem os ruídos de outras informações, o conteúdo autêntico do que estamos aprendendo.
Eu nunca escolhi ser empreendedor. Não tinha um método, não participei de seminários quando comecei e minha vida acadêmica não seria inspiração para a maioria dos profissionais com que convivo, quase todos eles cheios de diplomas nos currículos e nas paredes de seus escritórios. Mas, desde os primeiros anos da minha infância de família de classe média, vivendo no bairro do Barbalho, na região do Santo Antônio, aprendi a me virar, e tudo que tocava se tornava algum tipo de negócio. Vendi jornais usados para os mercadinhos do bairro, peixes ornamentais, selos de países distantes, times de futebol de mesa para os amigos do bairro, fui produtor musical e depois estilista, antes de me tornar um profissional do mercado de Marketing e Publicidade.
Estudei Administração de Empresas, li muitos livros, participei como plateia ou como speaker de muitas palestras e sobretudo tive grandes mentores. Mas, nunca tive um método. Foi a intuição que me levou a fundar empresas e desenvolver negócios.
A crença de que, para empreender, é necessário fazer grandes cursos e adquirir técnicas é o maior freio à iniciativa de muitos empreendedores natos.
A publicidade na minha vida
Minha entrada no mercado publicitário se deu meio por acaso. Recebi um convite de uma das três maiores agências brasileiras na época: a Propeg. E fui. Eu nunca havia pisado em uma agência antes.
Ah, deixe-me apresentar: sou Gui Bamberg, baiano, pai de 5 filhos. Administrador de Empresas. Servi em diversos segmentos de mercado, tendo me fixado em Marketing e Comunicação, atuando em Planejamento, gestão e desenvolvimento de Negócios. Empresário e Empreendedor.
Comecei profissionalmente no Tribunal de Contas do Estado, passei no concurso da Embratel, fundei uma produtora musical e um atelier de moda e finalmente, entrei no mercado publicitário através da Propeg, durante cinco anos, em duas temporadas. Comecei como Assistente de Atendimento e fui até VP Planejamento, cuidando de algumas das maiores contas da Empresa, como Odebrecht, Banco Econômico e Ciplan/Promov. Até receber uma proposta irrecusável da DM9, na época a mais premiada agência fora do eixo Rio/SP, para ser VP de Operações. Com frio na barriga, aceitei. Lá conquistamos contas nacionais e criamos cases como Ernesto, meu rapaz!, Gelol, entre outros. Cases memoráveis.
Em certo momento, aceitei a proposta para ser Diretor de Marketing da Alimba, o maior laticínio do Nordeste. Lançamos novos produtos Longa Vida que tornaram a Bahia o Estado de maior consumo per capita do Brasil. Expandimos de São Paulo até Manaus. Permaneci até a venda à Parmalat. Saí para montar minha primeira agência, em sociedade com o Grupo americano Young&Rubicam: a Comunicação Integrada e Expansão de Negócios, que anos depois uniu as operações com a Ideia 3 Propaganda, numa sociedade potente que ganhou prestígio nacional e que até hoje é considerada uma das melhores agências do N/NE.
Movido pelo desejo de viver novas experiências, mudei com toda a família para São Paulo, onde permaneci por 26 anos. Tornei-me, já em São Paulo, sócio de uma das mais tradicionais agências do setor de live marketing, para iniciar a sua recuperação financeira e reestruturação da gestão. Com sucesso, participei ativamente como sócio da venda da companhia ao Grupo Havi, sediado em Chicago - IL, firmando a The Marketing Store Worldwide como referência no mercado brasileiro. Atuei como sócio/VP Executivo e COO. Em 2006, com a conclusão da venda, permaneci por 2 anos como CEO, até minha saída para fundar a Bamberg Comunicação Integrada, em março de 2008, uma empresa focada em Inovação e Tecnologia Promocional. Criamos diversos sistemas inéditos no mercado de Brand Activation, entre eles a primeira experiência de premiação instantânea em Meios de Pagamentos no Mundo. Tecnologias inovadoras à época como RFID, interações com meios digitais e redes sociais e as primeiras redes corporativas para programas de Recompensa e Incentivo, tendo como Clientes Banco do Brasil, American Express, Visa, Mastercard, Cielo, McDonalds, Redecard, Coral, GM, Hyundai, Pirelli, Hypermarcas, Fiat, Diageo, Ambev, entre outros. Cometi erros e acertos, entrei ignorante e fui aprendendo o ofício. O resto é história: desenvolvi plataformas de social commerce, faço mentorias e desenvolvimento para grupos e empresas.
De volta ao começo
“O sucesso na vida vem não de ter as cartas certas, mas de jogar com as erradas corretamente”. Joshua Dool, filósofo e pensador americano.
Hoje tenho da Foosforo Consultoria Empresarial, um hub de negócios de Marketing e Comunicação, composto por um time muito experiente de profissionais e parceiros de longa data, que atende a projetos e parcerias específicas, me divido entre São Paulo e Salvador. Considero um recomeço: novos amigos, novos negócios, novos desafios. Continuo cultivando a ignorância, a mente limpa para analisar e desenvolver novos projetos. Continuo a medir a diferença entre sucesso e fracasso. Tive muita sorte de conduzir as carreiras de diversos talentos jovens, como um dia tive quem muito me ajudou. A minha trajetória até aqui tem sido um sucesso. Dentro do que considero sucesso para mim, claro. Continuo servindo a diversas empresas, através de mentorias e aconselhamentos, mantenho um networking admirável com pessoas notáveis em todo o mundo, tenho saúde, amigos, uma família maravilhosa e participo da vida dos meus cinco filhos, que acima de tudo são pessoas do bem e profissionais respeitados. A vida é um grande exercício de conhecimento. E a ignorância, na sua mais absoluta essência, me favoreceu. Entrei nas coisas com o coração e isso foi moldando a minha mente. Sai, vivi fora por mais de 25 anos, mas a Bahia não saiu de mim.