Dra. Mary Rocha compartilha expectativas para o lançamento da ONG RECOMECE
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Muitas vezes, a maior barreira enfrentada por uma pessoa com deficiência não está nas calçadas desniveladas ou na ausência de acessibilidade. Está dentro de casa. O capacitismo familiar, embora travestido de zelo, proteção ou amor, pode aprisionar mais do que libertar. E é justamente por isso que ele é tão difícil de identificar — e ainda mais difícil de combater.
Pais que não permitem que seus filhos com deficiência experimentem a vida com autonomia, irmãos que tomam decisões por quem poderia falar por si, parentes que infantilizam ou negam o direito ao afeto, à sexualidade, ao trabalho ou até mesmo ao erro. Tudo isso compõe o cenário do capacitismo afetivo e estrutural que ainda existe, inclusive dentro das melhores intenções.
Esse tipo de atitude, mesmo sem agressividade, fere. Fere a autoestima, a autoconfiança e o senso de pertencimento. Crescer em um ambiente onde se é constantemente visto como alguém que “não dá conta” ou “precisa sempre de alguém por perto” gera marcas que impactam diretamente no desenvolvimento emocional e na capacidade de se reconhecer como sujeito de direitos.
É preciso entender que amar também é permitir. Permitir que a pessoa com deficiência tenha voz, escolha, liberdade, espaço para errar e para tentar de novo. O cuidado verdadeiro é aquele que orienta, mas não sufoca; que protege, mas não limita; que apoia, mas não decide tudo pelo outro.
Reconhecer o capacitismo dentro da própria família não é fácil, mas é urgente. Porque inclusão de verdade começa dentro de casa. E todo corpo, toda mente, todo sujeito merece viver com respeito — inclusive daqueles que mais amam.
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