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O Caminho nunca vem pronto – é preciso trilhá-lo

Laêmia Gondim – empresária, socia diretora regional da Vilage Marcas e Patentes, palestrante

O Caminho nunca vem pronto – é preciso trilhá-lo
Coluna Business Bahia

Coluna Business Bahia

19/05/2024 6:00pm

A minha história não é triste; também não é engraçada. Posso dizer que nasci onde foi preciso. Venho de uma família com valores fortíssimos, mas o emocional não acompanha...

Mesmo com a imaturidade emocional, meus pais sempre foram firmes em priorizar os estudos e investir em conhecimento. Entendia perfeitamente a educação deles, mas eu queria ter a chance de produzir e, em troca, receber R$ por isso.

Os estágios não ofereciam fortunas e sempre era indagada em casa o motivo de trabalhar por uma módica quantia - minha resposta sempre foi: “eu tenho a sorte de ser paga para aprender”. E dessa forma encarei meus estágios. Passei pela Kontik e BBtur, saindo do programa de estágio para a efetivação com louvor.

Da área de turismo/marketing, migrei para o ramo de entretenimento, produzindo eventos.  O meu insucesso me fez enxergar que o meu despreparo era maior que a vontade de alavancar o negócio. Sai forçadamente do negócio.

A vida se movia fria. Mas desistir nunca foi uma opção.

Eis que chego na Vilage ou a Vilage chega a mim, ou nos chegamos mutuamente.

Se a base anterior não fora suficientemente solida, eu tinha a incumbência de identificar os pontos de rachaduras e reestruturá-la.  Era mais uma chance e, sem dúvida alguma, eu merecia!

Então, há cerca de 18 anos eu adentrei no mundo de marcas e patentes.  Uma época onde falar de marcas, patentes, startup, incubadora, investidor anjo era quase que algo de outro mundo.

Iniciei, então, essa trilha “virgem”. Mesmo nesse cenário difícil, aceitei o convite e o desafio para ser sócia do escritório Bahia. Chamei para mim a responsabilidade de disseminar o referido assunto por todo estado.

Ao longo da caminhada, muitas alianças foram feitas; parceiros surgiram com a intenção de contribuir na capilarizarão do assunto; percebo que um número maior de empresas já sente a necessidade de se proteger; entende que a proteção gera um grande diferencial competitivo. É lindo ver isso. É maravilhoso saber que eu tenho meu quinhão na educação dessa nova geração.

Fico muito emocionada quando vejo, por exemplo, meus “startapeiros” (assim que chamo carinhosamente meus clientes de startup) receberem um grande aporte ou um super prêmio. Eu já estava com eles lá, antes disso tudo acontecer. 

Se a Vilage já chegou? Não! E não vai chegar nunca.  

É a busca que faz a gente  se movimentar.