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Dia Mundial da Saúde Mental: sem ela não vivemos, apenas (sobre)vivemos

Por: Niliane Brito - psicóloga

Dia Mundial da Saúde Mental: sem ela não vivemos, apenas (sobre)vivemos
Da Redação

Da Redação

10/10/2021 11:20am

No dia 10 de outubro, celebramos o Dia Mundial da Saúde Mental. Um tema que me intriga bastante, não apenas pelo fato de eu ser profissional da área, não, mas pelo fato de eu estar começando a entender que se não cuidarmos de nós diante de um mundo que tem estado adoecido, adoeceremos ainda mais. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é um dos países mais depressivos e o mais ansioso do MUNDO! São mais de 18,6 milhões de brasileiros com ansiedade, um décimo da população. E vale destacar que a ansiedade é o segundo transtorno mental mais incapacitante do mundo, depois da depressão. Ou seja, é uma condição que paralisa muitas pessoas, as afastam de suas atividades laborais e sociais.

Me vem aqui uma curiosidade (profissional): você se enquadra em uma dessas categorias? E após a pandemia, isso tem se intensificado? Vou ser bem honesta com todos vocês leitores, o excesso de exposição nas redes, trabalho intenso, multitarefas, as pessoas sendo a todo momento colocadas em check, isso tem afetado também os próprios profissionais da saúde e muito! Para cuidar da saúde mental não tem um manual a ser seguido, alguns até orientam 5, 6, 10 passos para melhorar seu bem-estar emocional, mas isso de forma alguma inviabiliza de termos uma crise em algum momento. 

Quando você acorda, você se pergunta, refletindo acerca de como tem lidado com a sua saúde emocional? Como, por exemplo, lida com as questões que fogem do seu controle, que geram frustrações diárias, entre outros cenários de enorme sensação de desamparo e sofrimento? Alguns sintomas podem ser observados e, sim, podem ficar em alerta tanto conosco quanto com nossos familiares e amigos, como a fadiga, o isolamento social, a desmotivação para realização de tarefas antes prazerosas e pra VIDA em geral. Lembrando sempre que cada sujeito vai reagir à sua dor de uma maneira única e subjetiva. 

Preste atenção à suas emoções, se escute (de preferência em processo terapêutico), estamos em um mundo que está cada vez mais adoecido por diversas questões e nós não estamos habituados e nem mesmo priorizando pausas para ouvir sobre os cuidados de que nossa mente tanto precisa. Caso não esteja conseguindo lidar com seus conflitos sozinho, não se culpe ou tenha vergonha, buscar acompanhamento psicológico é mais do que um ato de coragem é um ato de AMOR. E hoje me despeço por aqui de vocês, até próxima semana.