Cultura e música baiana: hora de transformar
Coluna Let's Go Conectados
Lavoisier uma vez disse a frase: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, e por meio desta metáfora é que neste texto quero propor a todos que acordem e comecem a pensar sobre o significado e a importância de se transformar, criar um novo ecossistema, modelo de negócio e modos de investimentos público e privado para o beneficiamento de um remodelado caminho inclusivo no setor cultural da Bahia pós-pandemia, caminho esse que tanto emprega, tanto educa e, acima de tudo, tanto vende.
Nesses últimos 20 anos, tomando como exemplo o Carnaval, o entretenimento do axé e grandes propulsores de números grandiosos, nenhum novo protagonista aconteceu nacionalmente, com exceção da banda BaianaSystem e, chegando forte, da banda Àttooxxá (o hit Me Gusta, de Anita, tem o protagonismo deles), que carregam com elas similaridades como a de não pertencerem ao mainstream do axé e trazerem não somente multidões com elas, mas também novos timbres e, no meu entender, uma postura de independência comercial, política e artística nunca dantes imaginadas pelos players do entretenimento em seus relacionamentos com seus artistas no passado, sempre porretas e alegres, porém, em sua grande maioria, direcionados a não emitirem opiniões sobre determinados assuntos e a serem o mais “vaselina” possível.
"Já passou da hora de todos se unirem pelo bem comum que é o crescimento da Bahia, sob um imenso guarda-chuva chamado cultura, no qual milhares e milhares de trabalhadores, empreendedores e empresários se abrigam."
(Ildazio Tavares Jr.)
Enfim, temos que seguir o baile e ocupar logo de volta um lugar de destaque no cenário tão grandioso que a música da Bahia ocupa no Brasil! O que falta para se dar o espaço necessário, em todos os sentidos, a saber: novos blocos, camarotes, festas da prefeitura e do Estado, rádios, net, todo o possível e impossível para que a nova música de raiz baiana – esse inesgotável filão de sons contagiantes, batidas mágicas, coreografias iradas e personagens únicos – venha a encantar a Deus e o mundo, os fazendo desejar aqui vir, trazer prosperidade e daí, eis que mais que de repente, somar essa nova cultura ao nosso passado artístico glorioso. Assim, com certeza, ressurgirá uma Bahia florescente como sempre e ajudando a toda uma cadeia produtiva econômica e cultural que emprega em seu guarda-chuva milhares e milhares de mães e pais de famílias!
Temos que tomar uma providência urgente para que isso aconteça e estabelecer novas regras para tal, desde políticas públicas a conversações com setores como o Turismo, que tem a cultura como umas das suas matérias-primas.
Ah, se você ainda não imagina o tamanho da nossa cultura, ela atrai, seduz e encanta quem faz a diferença na arte musical mundial, alguns caras como Paul Simon, David Byrne (Talking Heads), Jimmy Cliff e Michael Jackson vieram aqui para beber na nossa inesgotável fonte cultural que é a criatividade de nosso povo.
Povo que vive de muita esperança, fé e crença diante de um quadro diário de muitas dificuldades dribladas, mas sempre alegre e vibrante. Essa é a Bahia que espero ver, crescendo e absorvendo informações de todos no mundo; e que a façam crescer e devolver muito a tanta gente que aposta nela como a terra da felicidade! Felicidade é cultura.
Já passou da hora de todos se unirem pelo bem comum que é o crescimento da Bahia, sob um imenso guarda-chuva chamado cultura, no qual milhares e milhares de trabalhadores, empreendedores e empresários se abrigam. O que falta para tal? Axé!