No nosso país, na economia e nos comportamentos da sociedade, ainda ecoavam os reflexos da segunda guerra mundial quando, em 12 de março de 1947, na cidade de Catu, Bahia, vim a esse mundo e passei a compor uma família com mais cinco membros, meus pais e uma irmã. Mais tarde duas outras irmãs iriam completar o nosso grupo familiar. O Brasil daquela época vivia um cenário bastante pobre de desenvolvimento industrial, com um parque fabril incipiente, principalmente no que diz respeito a infraestrutura e a fabricação de veículos, equipamentos e ferramentas em geral. Também os meios de comunicação eram os piores possíveis o que dificultava enormemente os vínculos para as realizações sociais. Esse era o nosso mundo de 1947.
Meu pai era construtor de estradas e diante da escassez e precariedade das estradas e da dificuldade para comunicação, era forçado a levar toda a família para morar no trecho (local onde iria construir), exatamente no meio do trecho afim de ficar equidistante de cada uma das cidades que iria interligar e assim facilitar um pouco o deslocamento para uma ou para outra.
Nesse contexto, fiz o primário tendo minha mãe como professora informal que por sua vez era preparada e devidamente equipada com o material instrucional necessário, atividade essa realizada por uma professora que semanalmente era trazida da cidade por meu pai. As avaliações e aprovações eram realizadas no trecho por cada professora e escola. Como as construções eram concluídas no período de um ano, aproximadamente, isso significa que fiz o primário em quatro anos, um ano em cada local, tendo como professora minha mãe. Chegou a hora em que tivemos que parar a fim de permitir uma educação mais consistente e ficamos pé me Aracaju a fim de fazer ginásio e científico e nos prepararmos para a formação superior.
Apesar de todas as dificuldades evolui e estudei Engenharia e Administração para orgulho dos meus pais. Devido a uma enfermidade muito séria do meu pai, ainda estudante tive que assumir a sua empresa o que fiz apenas para resolver a crise que vinha passando e fechá-la o que consegui com sucesso. Esse foi o meu primeiro trabalho e a minha primeira vitória. Aprendi a empresariar e abri minha própria construtora, desistindo de tocá-la após seis anos, aproximadamente, devido à crise economia de 1979.
Daí em diante, tomando como base a definição que meu pai adotava para “sucesso”, posso dizer que a minha vida foi somente uma coleção de sucessos. Ele dizia: “sucesso é a cada distante da vida ser o que se queria ser, tendo o que se queria ter”. Em outras palavras: sucesso e estar de bem com a vida independente do que se é e se tem. Aprendi a lição e ainda que financeiramente eu tenha vivido altos e baixos considero que sempre ganhei pois nos baixos tive grandes lições que me impeliram para os altos seguintes. Considerando a definição paterna, descobri que a felicidade é possível e também é fácil.
Fui executivo em grandes empresas de porte nacional e internacional, até que, por influência de um grande e prezado amigo passei a atuar como consultor, posição que ocupo até hoje, decidido a ensinar o que aprendi, não somente como profissional, mas também e principalmente como ser humano. Já consegui fazer muitos experimentarem o sucesso e serem felizes. Isto me deixa feliz e continua me fazendo um homem de sucesso.
Me considero uma “pessoa consequência”; afinal, sou feliz fazendo outros felizes e bem-sucedido fazendo outros bem-sucedidos.