É hoje: Caixa Cultural Salvador recebe exposição de artistas indígenas da Amazônia
A CAIXA Cultural Salvador recebe, a partir de hoje, terça-feira (29), a exposição Dois Indígenas da Amazônia – Vida e Arte, um recorte da produção dos artistas ...
O ano era 2000. Um jovem casal de empreendedores paulistas, cheios de motivação e paixão pela Bahia, mudava-se com suas filhas para Salvador em busca de oportunidades de negócios. Eu tinha 13 anos, típica adolescente da maior metrópole brasileira, vinha para Salvador contra minha vontade, acreditando deixar uma vida paulistana cosmopolita para trás.
Em uma maré de incertezas, chegamos em Salvador em junho; era início das férias escolares. Minha mãe, pensando incessantemente em como me fazer feliz nessa nova cidade, me levava todos os dias à praia do Porto da Barra. Foi ali que começou a despertar a minha paixão pela Bahia. Logo depois, conheci o carnaval de Salvador. Depois veio o São João do interior do estado, algo inimaginável na minha antiga realidade.
Diante de todos esses encantos e axés, como não me apaixonar perdidamente pela Bahia? Neste mesmo ano de 2000, aliás, que marcou o início de uma nova e promissora trajetória para mim e minha família, foi fundada a Zum Brazil Eventos, empresa genuinamente baiana, liderada por uma família paulista. De forma inovadora, vimos uma grande oportunidade de negócios: realizar eventos nos grandes resorts da Bahia.
Começamos pela Costa do Sauipe, ofertando ao mercado o belo complexo hoteleiro que acabara de ser inaugurado. Depois, Transamérica Comandatuba, Iberostar, Club Med Itaparica, Trancoso... Assim como Roma não foi construída em um dia, a jornada da Zum também não foi nada fácil. Para muitos, os fins de semana e feriados são momentos de lazer. Para o setor de eventos, eles se tornam dias úteis. Tive que me acostumar com a rotina imprevisível de praticamente morar nos hotéis.
Espelhando-me sempre na minha mãe, ainda jovem, entendi que o grande desafio daquele sucesso estava no equilíbrio entre governança, networking, comprometimento com o cliente e, o principal, o equilíbrio entre as vidas profissional e familiar, que ainda é o grande desafio para as mulheres. Portanto, passei a acompanhar os eventos de perto: desde a captação do cliente, venda, contratação, concepção, produção, montagem e entrega. Eventos grandes e pequenos. Nada ficou de fora. É aquela velha história: não há como dominar a teoria sem conhecer o chão da fábrica.
Gradativamente, fui conquistando meu próprio espaço. Ao longo dos anos, aprimorei uma habilidade natural de me relacionar com pessoas. Percebi o quanto o networking é precioso em qualquer negócio, mas no nosso, ele é crucial. Busquei me aperfeiçoar intelectualmente e conquistei graduações nacionais e internacionais. Descobri o quanto sou inquieta e ávida por desafios.
O sangue quente que pulsa no coração me levou ao setor comercial. Assim como no corpo humano, o comercial é o coração que impulsiona toda a estrutura corporativa da empresa. Atendendo a grandes players do mercado, tive a oportunidade de crescer internamente na empresa e a empresa também cresceu comigo. Viajei o mundo através de visitas técnicas ou produções efetivas de eventos nos mais diversos países. São entregas, são cases, são vidas conectadas.
Mãe de dois filhos pequenos – um de dois e uma de quatro anos, sinto a grande responsabilidade e desafio que me são imputados. Eles são meu combustível para esse propósito já traçado. Inquieta, tenho sede de produzir, fome de liderar e muita vontade de empoderar mulheres. Afinal, nós somos a força motriz da mudança.
Dentro de uma empresa essencialmente feminina, liderada por grandes mulheres, sinto que a gestão feminina traz uma perspectiva única e valiosa para a organização de eventos, combinando criatividade, atenção aos detalhes e comprometimento com o cliente. Quando mulheres lideram, todos ganham. Vou continuar a incentivar e apoiar a liderança feminina não apenas no mercado de eventos, mas onde quer que a gente queira estar! Juntas, temos o poder de transformar o mundo.
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