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Depois de anos de impasse e meses de expectativa, a Petrobras bateu o martelo: a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen-BA), em Camaçari, vai voltar a operar. O anúncio oficial foi feito por meio de comunicado ao mercado, encerrando de vez a disputa contratual com a Proquigel — empresa do grupo Unigel que havia arrendado a unidade desde 2019.
O retorno das atividades já tem clima de celebração. Neste sábado (24), o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), chamou a decisão de “vitória histórica” e lembrou que a pauta é uma luta antiga — desde os tempos em que era secretário estadual de Relações Institucionais. Ele também destacou a articulação direta com o governo federal e a Petrobras para destravar o processo.
Com capacidade para produzir 1,3 mil toneladas diárias de ureia, além de amônia, gás carbônico e Arla 32 (utilizado na redução de emissões de veículos a diesel), a fábrica estava paralisada há mais de um ano. Para a Petrobras, a reabertura da unidade faz parte da sua estratégia de retomada da produção nacional de fertilizantes — movimento que começou com a reativação da Fafen de Araucária (PR), no início de 2024.
“A reabertura da Fafen também significa reduzir a dependência do Brasil na importação de fertilizantes, algo fundamental para nossa segurança alimentar”, disse Caetano. Hoje, o Brasil importa cerca de 80% dos fertilizantes que consome.
A decisão reforça o compromisso da Petrobras com a política de reindustrialização do governo Lula. Segundo a estatal, o foco agora é agregar valor à cadeia de óleo, gás e energia, fortalecendo o papel dos produtos nitrogenados e contribuindo com a transição energética.
Para Camaçari e a Região Metropolitana de Salvador, a reabertura representa muito mais que a volta de uma indústria: é emprego, renda e um passo firme rumo ao desenvolvimento sustentável.