Funcionários da BYD embarcam para treinamento na China com apoio do Governo da Bahia
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A montadora chinesa BYD, impulsionada pelo apoio de Warren Buffett e com uma estrutura de produção verticalizada, registrou um faturamento de US$ 28,2 bilhões no terceiro trimestre de 2023, ultrapassando pela primeira vez a receita trimestral da Tesla, que ficou em US$ 25,2 bilhões. A conquista reflete o rápido avanço da BYD no mercado de veículos elétricos, embora o cenário competitivo na China tenha pressionado sua margem bruta.
Segundo dados divulgados na quarta-feira (30), a receita da BYD cresceu 24% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando 201 bilhões de yuans. Entretanto, a acirrada competição no setor elétrico chinês levou a uma leve queda na margem bruta da empresa, de 22,1% para 21,9%. Mesmo assim, a companhia reportou um lucro líquido de 11,6 bilhões de yuans (US$ 1,6 bilhão), mantendo-se acima da média do mercado.
A intensa guerra de preços no mercado chinês tem afetado não só a BYD, mas também montadoras globais, como a Volkswagen, que recentemente anunciou um alerta sobre seu lucro operacional na China, projetando ganhos na faixa mais baixa das previsões para 2024.
Vantagens da BYD e expansão internacional
A BYD vem se destacando pela sua estrutura de produção integrada, desenvolvendo internamente componentes como baterias e chips, o que ajuda a mitigar os impactos da guerra de preços e a manter uma margem bruta de 21,9%, superior aos 17% da Tesla e aos 14,2% da concorrente chinesa Zeekr. A empresa também se beneficia de uma forte linha de veículos híbridos, com modelos de até 2.000 km de autonomia, oferecendo uma alternativa popular entre os consumidores chineses.
A expansão internacional também tem sido uma prioridade. Em outubro do ano passado, a BYD assumiu o complexo industrial da Ford em Camaçari, na Bahia, com previsão de investir R$ 3 bilhões para consolidar sua presença no mercado brasileiro. A montadora já emplacou 51,2 mil veículos no Brasil até setembro, representando 3,74% de participação de mercado, de acordo com a Fenabrave.
Desafios globais: tarifas e disputas comerciais
Apesar do crescimento, a BYD enfrenta desafios significativos em mercados internacionais. Em setembro, os Estados Unidos impuseram uma tarifa de 100% sobre veículos elétricos chineses, aumentando as tensões comerciais com Pequim. Na Europa, a União Europeia anunciou na última terça-feira (29) a aplicação de uma tarifa extra de 17% sobre os veículos da BYD, válida pelos próximos cinco anos. A medida visa combater os subsídios oferecidos pelo governo chinês a suas montadoras, afetando também concorrentes como a Geely e a Saic Motor, que enfrentaram tarifas adicionais de 18,8% e 35,3%, respectivamente.
Essas sanções refletem as dificuldades que as montadoras chinesas devem enfrentar para expandir sua atuação global diante das crescentes disputas comerciais e geopolíticas. No entanto, com um sólido desempenho e inovação tecnológica, a BYD parece determinada a manter seu lugar de destaque no cenário mundial dos veículos elétricos.
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