A administração condominial
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Por Adriano Sampaio, Analista de Inteligência de Mercado e CEO da Duplamente Pesquisas
Faltam 11 dias para a maior festa de rua do mundo começar. O carnaval de Salvador é como um grande balcão de negócios, só que com glitter, música alta e muita cerveja. Para as mais de 500 grandes marcas que tentam brilhar nesse palco caótico em 2025, o desafio é enorme: como se destacar em meio a um mar de foliões, trios elétricos e camarotes superlotados? A resposta está em equilibrar o online e o offline, dois mundos que, no Carnaval, parecem dançar em ritmos diferentes. Enquanto o offline é pura emoção e experiência sensorial, o online exige estratégia, timing e criatividade para não se perder no feed infinito das redes sociais. E aí, meu caro especialista em marketing, é onde a coisa fica interessante – ou desesperadora, dependendo do seu café da manhã.
No mundo offline, o desafio é fazer a marca ser notada em meio ao caos. Imagine tentar convencer um folião, já com três caipirinhas a bordo, a prestar atenção no seu logo enquanto ele pula atrás de um trio elétrico. Ameaças? Várias. Desde a concorrência feroz até o risco de sua ação ser engolida pelo barulho (literalmente) do evento. Mas as oportunidades são igualmente grandes. Um camarote bem posicionado, um bloco com uma identidade visual marcante ou uma experiência sensorial única (pense em brindes que brilham no escuro ou drinks temáticos, pense muito!) podem criar memórias que vão além do evento. O segredo é transformar a marca em parte da diversão, e não em um intruso tentando vender algo.
Já no universo online, o desafio é outro: como manter o engajamento quando o público está mais preocupado em postar stories do que em curtir sua campanha? Aqui, as ameaças são a saturação de conteúdo e a dificuldade de mensuração. Afinal, como saber se aquele post viral foi realmente eficiente ou se só ganhou likes porque tinha um artista no vídeo? Mas as oportunidades são igualmente tentadoras. Redes sociais permitem segmentação, interação em tempo real e a chance de amplificar ações offline.
O ROI, claro, é o grande dilema. No offline, o retorno é mais intangível – você pode não vender um produto ali, mas cria uma conexão emocional poderosa. Já no online, a métrica é mais clara, mas o risco de se perder no mar de conteúdo é grande. A solução? Integrar os dois mundos de forma inteligente. Use o offline para criar experiências memoráveis e o online para amplificá-las. O multicanal não é só uma opção – é uma necessidade.
No fim das contas, o Carnaval de Salvador é como um grande laboratório de marketing: caótico, imprevisível, mas cheio de oportunidades para quem sabe dançar conforme a música. E a música, no caso, é a integração entre online e offline. Quem conseguir harmonizar esses dois ritmos vai não só sobreviver ao Carnaval, mas sair dele com um ROI que vai fazer até o mais cético dos CFO’s sorrir. Ou, pelo menos, tirar o glitter do terno. E eu? No meu canto, nos bastidores, mensurando tudo, porque números não mentem e não dançam no trio-elétrico. Vamos juntos fazer a festa render além da folia?
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