Últimas notícias

Último fim de semana da exposição “Um Defeito de Cor" no Muncab tem entrada gratuita

Último fim de semana da exposição “Um Defeito de Cor" no Muncab tem entrada gratuita
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

01/03/2024 12:00pm

Foto: Jefferson Peixoto / Secom PMS

A exposição “Um Defeito de Cor” chega no último fim de semana de visitação no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab). A visitação pode ser feita gratuitamente nesta sexta-feira (1º), sábado (2) e domingo (3), das 10h às 17h, na Rua das Vassouras, 25, Centro Histórico. O agendamento é feito através de link disponível no perfil do Instagram do Muncab.

A mostra é resultado da parceria entre a Prefeitura de Salvador, a Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira (Amafro) e a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), com a concepção original do Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR). A exposição foi inspirada no romance literário “Um Defeito de Cor”, da escritora mineira Ana Maria Gonçalves. Inclusive, a própria autora faz parte da curadoria, ao lado de Ana Bonan e Marcelo Campos.

O livro também inspirou o samba-enredo da Portela no Carnaval deste ano, levando a escola de samba a conquistar o estandarte de ouro do grupo especial. Com o desfile e premiação, os livros foram esgotados em uma multinacional de tecnologia norte-americana.

Acervo – Salvador foi a segunda cidade a receber a premiada exposição, montada inicialmente no MAR, e daqui ela segue para o Sesc Pinheiros, em São Paulo. O acervo conta com 370 obras de mais de 100 artistas do Brasil e do mundo e está dividido em dez núcleos, cinco deles no térreo e cinco no primeiro andar.

Esses núcleos foram inspirados nos dez capítulos do livro. A mostra fala das lutas e das resistências afro-diaspóricas nas Américas, do protagonismo feminino, da religiosidade, dos símbolos que fazem parte da cultura africana e afro-brasileira e também da África Contemporânea.

No local, é possível apreciar peças raras de artistas baianos, a exemplo do Mestre Didi, do ferreiro José Adário dos Santos (Zé Diabo), J. Cunha, das bonecas de Valdete da Silva (Mãe Detinha), e das colagens de Yêdamaria, uma das fundadoras do Muncab. Também fazem parte do acervo as fotografias do nigeriano Iké Udé e peças de outros artistas internacionais. 

 “A exposição ‘Um Defeito de Cor’ tem um lugar muito significativo aqui nesta cidade, que é a cidade mais negra fora de África. Para além do Muncab ser esse lugar de salvaguarda dessa história da cultura afro-brasileira contada por pessoas negras, o que é muito potente, ele é um espaço de difusão da arte negra, da difusão do trabalho desenvolvido por artistas visuais negros do nosso país e da nossa Salvador. São poucas as experiências no país semelhantes à do Muncab, que é um museu vivo”, afirma a diretora de cultura da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Mayla Pitta.