Papa Francisco nomeia primeira mulher como prefeita no Vaticano
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Foto: Reprodução / Estadão
Mais antigo entre os grandes jornais em atividade no Brasil, O Estado de S. Paulo completa 150 anos neste sábado (4). Fundado em 1875 como A Província de São Paulo, o jornal nasceu em um período de efervescência política e econômica, impulsionado por cafeicultores e empresários paulistas com ideais republicanos.
Sob a liderança inicial de Francisco Rangel Pestana e Américo de Campos, a primeira edição circulou com quatro páginas e uma tiragem de pouco mais de 2.000 exemplares. No entanto, a publicação enfrentou dificuldades financeiras nos primeiros anos, sendo salva pelo jovem jornalista Julio Mesquita, que, ao assumir responsabilidades no periódico, recuperou a publicidade e consolidou sua posição.
Com a proclamação da República em 1889, o jornal adotou o nome O Estado de S. Paulo, alinhando-se aos novos tempos políticos. Dois anos depois, Julio Mesquita tornou-se o único proprietário do veículo, marcando o início de um legado que permanece nas mãos da família Mesquita há 150 anos.
De crises políticas à censura
Ao longo de sua trajetória, o jornal viveu momentos turbulentos, especialmente durante o Estado Novo de Getúlio Vargas, quando foi submetido a uma intervenção federal em 1940. A Redação e as oficinas foram ocupadas pela polícia, sob acusações forjadas de conspirar contra o governo. A intervenção durou até dezembro de 1945, quando a publicação retornou ao controle da família Mesquita.
Outro episódio marcante ocorreu durante a ditadura militar. Apesar de inicialmente apoiar o golpe de 1964, o jornal distanciou-se do regime nos anos seguintes. Em 1968, o editorial “Instituições em Frangalhos” criticou abertamente o governo Costa e Silva, resultando na imposição da censura prévia ao veículo, que perdurou até a redemocratização.
Inovação e transformação digital
O jornal se manteve relevante ao longo de um século e meio ao incorporar avanços tecnológicos e adaptar-se às mudanças no consumo de informação. Segundo Francisco de Mesquita Neto, presidente do conselho de administração do Grupo Estado, o compromisso com a modernização é contínuo:
“O jornal que nasceu para apressar o fim de um regime arcaico manteve sempre o compromisso de mirar seu próprio futuro e o do país, apostando na transformação digital.”
Entre as iniciativas recentes, destaca-se a diversificação dos formatos, com foco na produção de vídeos e no fortalecimento da presença em redes sociais. Erick Bretas, CEO do Grupo Estado desde 2024, reforça:
“O primeiro contato dos jovens com informações jornalísticas se dá nas redes sociais. Por isso, nossas marcas precisam estar nesses ambientes.”
Celebração dos 150 anos
Para marcar a data, o Estadão lança neste sábado um hub digital dividido em sete eixos temáticos: o próprio jornal, República, Economia, Terra, São Paulo, Tecnologia e Viver. Segundo Bretas, a celebração será uma oportunidade de refletir sobre o passado e mirar o futuro:
“Temos muito orgulho da história do Estadão e vamos celebrar essa história. Mas não será uma celebração com cara de museu, vamos olhar para frente.”
A comemoração de 150 anos reforça o papel de O Estado de S. Paulo como uma referência na imprensa brasileira, atravessando regimes, crises e transformações tecnológicas, sem perder seu compromisso com a informação de qualidade.
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