Mulher+Comércio promove capacitação e homenageia empreendedoras baianas
Com foco no fortalecimento do empreendedorismo feminino, o evento Mulher+Comércio reuniu empresárias, especialistas e representantes institucionais nesta quarta...
Depois de um 1,5 ano fechado em função da Pandemia do Covid-19 o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-Bahia) reabre as suas portas para o público com a exposição ‘O Museu de Dona Lina’ a partir da próxima terça-feira, dia 17, com visitação permanente de terça a sábado, sempre das 13:30h às 17:30h. A exposição utiliza os dois principais espaços expositivos do museu, a Capela e os dois pavimentos do Casarão, reunindo cerca de 300 obras do Acervo fixo do MAM junto a peças do Acervo de Arte Popular Lina Bo Bardi do Centro Cultural Solar Ferrão da Diretoria de Museus (Dimus) do Instituto do Patrimônio (Ipac, www.ipac.ba.gov.br/museus), promovendo um diálogo entre as duas coleções.
De acordo com o diretor do MAM-Bahia, o cineasta e gestor cultural, Pola Ribeiro, a mostra é uma homenagem a arquiteta ítalo-brasileira, Lina Bo Bardi (Roma 1914 — São Paulo 1992) que concebeu e foi a primeira diretora do MAM-Bahia de 1959 a 1963. “Até o final do ano (2021) Lina também deve ganhar uma mostra definitiva em uma das salas expositivas do museu”, revela Pola Ribeiro. O Acervo de Arte Popular da Dimus/Ipac foi uma iniciativa de Lina Bo Bardi que reuniu essas peças entre o final da década de 1950 e início da década de 1960, a partir de doações e de viagens realizadas por ela no Recôncavo e no semiárido baiano. Agora, em 2021, o MAM-Bahia completa 62 anos vinculado ao Ipac da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).
PROTOCOLOS e TRANSVERSALIDADE – O diretor do MAM lembra que o museu obedece às determinações e protocolos de segurança contra a Pandemia da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e da Secretaria Saúde do Estado (SESAB). “É obrigatório o uso de máscaras sendo a lotação autorizada de somente 10 (dez) pessoas por vez na Capela, 20 (vinte) pessoas no casarão e 30 (trinta) pessoas em cada um dos grandes pátios (superior e inferior) do MAM-Bahia”, explica Pola. O café/lanchonete do Circuito Saladearte estará funcionando nesses dias/horários, mas a sala de cinema estará fechada abrindo até o final deste ano (2021).
Desde janeiro (2021) o MAM empreende gestão transversal e articulada. “É impossível imaginar a gestão pública moderna sem visão transversal e articulações municipais, estaduais, nacionais e até internacionais, incluindo comunidades e a sociedade local, utilizando sempre metodologia e processos de monitoramento”, reforça Pola Ribeiro. Até agora já estão colaborando com o MAM, duas secretarias municipais de Salvador, quatro secretarias e cinco órgãos estaduais da Bahia, cinco faculdades e três universidades baianas, além de entidades federais, coletivos artísticos, galerias de arte e várias associações representativas.
IMPORTÂNCIA de LINA – Para especialistas em arquitetura, cultura, arte e história, Lina é um marco para a Bahia e a celula-mater do MAM de Salvador. Em 1963 o MAM foi instalado por Lina no complexo-arquitetônico do Solar do Unhão – também restaurado por ela –, às margens da Baía de Todos os Santos. Em 1943 o complexo foi tombado como Patrimônio Nacional pelo IPHAN.
“Lina foi uma artista revolucionária e uma mulher à frente do seu tempo”, diz o curador do MAM-Bahia e da exposição de reabertura, Daniel Rangel. Ele destaca que em maio deste ano (2021), Lina foi homenageada postumamente com a premiação internacional do Leão do Ouro na 17ª Biennale Architettura de Veneza (Itália). “É a primeira mulher brasileira e a primeira no mundo com obra construída a conquistar um Leão de Ouro, além de terceira profissional brasileira a obter o prêmio, depois dos arquitetos Oscar Niemeyer e Paulo Mendes da Rocha”, detalha Rangel. Ele confirma que o MAM terá uma sala permanente dedicada a Lina, assim como, suas ideias estarão presentes em exposições, ações educativas e outras atividades do museu. “Vamos resgatar a sua memória e a sua prática artística no MAM”, ressalta.
PENSAMENTO e OLHAR de LINA – O Acervo do MAM é composto de aproximadamente 1,3 mil obras modernas e contemporâneas, representando um painel heterogêneo de contribuições de artistas de várias gerações, baianos, brasileiros e estrangeiros. Dentre eles, modernistas como Tarsila do Amaral e Candido Portinari, até os contemporâneos, como Mario Cravo Neto e Marepe, entre outros. Já o Acervo de Arte Popular da Dimus/Ipac reúne peças utilitárias e figurativas, como carrancas, ex-votos, imaginária, vestuários de couro e utensílios domésticos, dentre outros itens.
“Essa exposição é sobre esse museu (MAM-Bahia). Resgata o pensamento e o olhar de Lina com relação ao Solar do Unhão. Propõe a união, no mesmo espaço e tempo, da arte popular com a arte moderna, e ainda, da arte contemporânea”, complementa Daniel Rangel. Segundo ele, a Criadora – Lina, e Criatura – o museu, se tornam esteios para o momento atual da instituição. “O MAM-Bahia está apoiado em um tripé que reforça essa identidade: o legado de sua mentora; o local histórico-arquitetônico-geográfico onde está instalada; e sua singular coleção artística formada ao longo de mais de 60 anos de existência”, finaliza o curador.
ARTISTAS BAIANOS e ARTE POPULAR – A seleção de artistas contemplam na sua maioria soteropolitanos, baianos e nordestinos. Dentre os baianos estão Antônio Rebouças, Calasans Neto, Chico Liberato, Juraci Dórea, Sante Scaldaferri, J.Cunha, Marepe, Jamison Pedra, Ieda Oliveira, Valuízio Bezerra e Maxim Malhado. A lista continua com Ramiro Bernabó, Yedamaria, Mário Cravo Jr., Betânia Vargas e Leonel Mattos, dentre dezenas de outros.
São acrescidos ainda os radicados na Bahia de gerações distintas, como Carybé, Hansen Bahia e Iuri Sarmento, ou os nordestinos Cícero Dias, Aldemir Martins, Francisco Brennand e Vicente do Rego Monteiro. De outras regiões do país, Marcelo Grassmann, Efrain Almeida e Oswaldo Goeldi, dentre outros. Já da coleção de Arte Popular temos Mestre Vitalino, Maria Pompéia, Manuel Edócio, José R., Zé Caboclo e até grandes carrancas em madeira que alguns pesquisadores supõem ser do famoso Mestre Guarany.
AÇÕES EDUCATIVAS – O Educativo do MAM desenvolve planejamento e ações durante o ano a partir desta abertura. "Já estamos realizando de julho a setembro (2021) quatro Oficinas virtuais do MAM (www.oficinasdomam.com.br) no campo de Processos Criativos, com experientes artistas de Salvador cujas vagas já esgotaram desde julho (2021) em tempo recorde", adianta a coordenadora do Educativo/MAM, Isabel Gouvêa. As inscrições das próximas oficinas serão anunciadas até outubro.
“Faremos conexão forte, dinâmica e criativa com a curadoria do museu. Nos interessa uma formação que propicie diálogo entre processos artísticos e temáticos das mostras com as demandas da sociedade”, relata Isabel Gouvêa. Fluxos de comunicação, reflexão e formação que abarquem múltiplas narrativas e possibilidades é outra diretriz do Educativo/MAM. “Desenvolveremos parcerias com instituições e profissionais do campo da cultura e da arte para o criarmos cursos, seminários, palestras e mais oficinas; contamos ainda com a SJDHDS e a Dra. Sandra Rosa da UNEB para estudos e práticas de acessibilidade”, conclui Isabel.
HISTÓRIA e INFORMAÇÕES – O MAM foi criado em 1959. Em 1960 a sua criadora e primeira diretora, Lina Bo Bardi faz a primeira exposição do museu no foyer do Teatro Castro Alves e em 1963 a primeira exposição já no complexo arquitetônico do Solar do Unhão. O MAM é uma referência nacional e internacional. Para propostas de uso de espaços e projetos no MAM deve-se procurar a coordenação geral do museu, aos cuidados da produtora Marília Gil. Mais informações via telefone (71) 31176132.
Na terça-feira, dia 17 de agosto (além do fluxo normal do público) o MAM vai atender profissionais da saúde do Hospital Espanhol Centro de Tratamento do Covid-19, como forma de terem um momento de relaxamento e lazer, e também como um gesto de homenagem aos que estão na linha de frente no combate a esta Pandemia. Mais informações sobre o MAM e suas atividades estão disponibilizadas em suas redes sociais (instagram e facebook) ou via telefone (71) 31176132, das 9h às 12h e das 13h às 15h.
O quê: Reabertura do MAM - Exposição 'O Museu de Dona Lina'
Acesso: Gratuito
Onde: Museu de Arte Moderna da Bahia, Av. Contorno, s/n°, Solar do Unhão, CEP 4006-060 Salvador Bahia
Visitação: Primeiro Dia de Abertura: 17.08.2021 – Aberto de terça a sábado, sempre das 13:30 às 17:30
Espaços expositivos: Capela e Casarão
Segurança da Saúde: O MAM obedece às determinações e protocolos de segurança contra a Pandemia da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e da Secretaria Saúde do Estado da Bahia (SESAB).
Assessoria de Comunicação – MAM, Em 12.08.2021
Geraldo Moniz de Aragão (1498-mte.ba)
[email protected], 071 99102.7394
Museu de Arte Moderna da Bahia
(71) 31176132
Av. Contorno, s/n°, Solar do Unhão
CEP 4006-060 Salvador Bahia
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