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A importância da diversidade e inclusão nas empresas é lembrada no Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

A importância da diversidade e inclusão nas empresas é lembrada no Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência
Otávio Queiroz

Otávio Queiroz

21/09/2021 3:00pm

Em um mundo cada vez mais plural, a diversidade tem se tornado pauta nos mais diferentes ambientes, inclusive sendo bastante discutido dentro das organizações. O assunto ganha ainda mais relevância nessa terça-feira (21), data em que é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. 

É relevante destacar como a diversidade pode gerar uma série de resultados positivos, não apenas de impacto social, mas de performance e lucratividade para as empresas. Estudos recentes relacionam a diversidade dos times com o resultado das empresas, é o caso de um relatório da McKinsey, que revelou que as organizações que tinham diversidade étnica e racial na gestão tinham 35% mais probabilidade de ter retornos financeiros acima da média do setor, enquanto as que que se preocupavam com a diversidade de gênero tinham uma probabilidade de retorno 15% maior que as outras empresas.

Especialistas ainda afirmam que ter colaboradores com diferentes pensamentos, culturas, etnias, opiniões e deficiências permite que a empresa se torne mais plural e democrática, possibilitando inúmeros benefícios para a organização e colaboradores, como aumento na criatividade e produtividade, melhora na comunicação interna e satisfação pessoal com as atividades exercidas.

A busca pela inclusão e diversidade tem entrado cada vez mais no radar das pequenas, médias e grandes empresas. Apesar das barreiras enfrentadas, o pensamento dos líderes e gestores vêm se transformando com o passar do tempo, permitindo um cenário cada vez mais democrático no mercado de trabalho.

Um exemplo nacional

Fundado em Brasília em 1984, inicialmente com foco em serviços de medicina diagnóstica, o Grupo Sabin aparece como um dos grandes cases de sucesso no que se refere a implantação de um ambiente mais diverso e plural. A companhia atua há mais de três décadas no mercado brasileiro e atende mais de 5 milhões de clientes tendo a diversidade e inclusão como práticas imprescindíveis que garantem a sustentabilidade dos resultados positivos nos negócios.

Fernanda é supervisora de RH do Grupo Sabin

Em 2018, a empresa criou o Comitê de Diversidade & Inclusão, iniciativa que é voltada ao desenvolvimento de projetos que engajem os colaboradores das suas mais de 290 unidades espalhadas por todo o país, abrangendo cinco pilares: gênero; raça; LGBTQIA+; pessoas com deficiência; e multigerações. Tal feito colaborou para que a empresa aparecesse entre as 10 melhores do Brasil para trabalhar, de acordo com edição 2020 do Great Place to Work Brasil.

Com uma política de gestão que preza a transparência e a diversidade, a busca pelo desenvolvimento pessoal e profissionais das equipes é, atualmente, um dos pontos mais trabalhados dentro da organização. “A diversidade é, hoje em dia, necessária para qualquer negócio e ela é extremamente desafiadora. Um dos nossos principais propósitos é termos, cada vez mais, ações que estimulem o desenvolvimento dos nossos profissionais internos, levando em consideração as diferenças pessoais de cada um”, conta Fernanda Borges Carvalho, supervisora de RH do Grupo Sabin.

Marilia Silva é agente de recepção em uma das unidades do Grupo Sabin de Salvador

Para Fernanda, o cuidado com o outro é essencial para bons resultados. “Como empresa, o Sabin tem buscado ter um olhar muito mais estratégico, de forma com que as nossas pessoas possam contribuir com o ambiente no qual elas estão inseridas”, completa.

Cuidado que transforma

Esse cuidado adotado pelo Sabin pode ser notado por pessoas como Marilia Silva, agente de recepção que há cerca de um ano e meio passou a vestir a camisa da empresa. Com 29 anos de idade, ela enxergou uma oportunidade de recomeço dentro da organização. “Devido a um acidente quando ainda era jovem, adquiri uma deficiência ocular. Sempre quis poder fazer parte de um lugar que respeitasse a minha condição e me desse todas as condições de realizar o meu trabalho. Aqui dentro eu encontrei isso, me sinto acolhida e não existe diferenciação pelo fato de ser um profissional com deficiência ou não”, conta ela.

Apesar de hoje se declarar uma PCD, Marilia confessa que nem sempre foi assim. “Antes de entrar no Sabin, eu trabalhava em uma área totalmente diferente da que estou hoje, e não era uma vaga para pessoas com deficiência. Somente após a minha saída de lá foi que eu decidi aceitar essa condição e isso fez toda a diferença. Acho que é muito importante cada um ser sincero consigo mesmo”, finaliza.