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Furacão Milton atinge categoria máxima e ameaça México e Flórida

Furacão Milton atinge categoria máxima e ameaça México e Flórida
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

08/10/2024 2:25pm

O furacão Milton intensificou-se nesta segunda-feira, 7 de outubro, tornando-se uma tempestade de categoria 5, a mais alta da escala Saffir-Simpson, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC). Com potencial catastrófico, Milton segue em direção à costa oeste da Flórida, com ventos sustentados de 257 km/h e rajadas ainda mais fortes.

Esse é o segundo grande furacão registrado no Golfo do México em menos de duas semanas, após o devastador furacão Helene. A rápida intensificação de Milton elevou o nível de alerta na região.

Antes de atingir a Flórida, entre hoje e quarta-feira, o furacão deve impactar a Península de Yucatán, no México, trazendo ventos violentos e ondas que podem elevar o nível da água em até 1,5 metro, de acordo com o NHC. A expectativa é de grandes e destrutivas ressacas marítimas na costa mexicana.

Com a memória ainda recente dos estragos causados por Helene, que resultou em mais de 230 mortes no sul dos EUA, as autoridades da Flórida já ordenaram novas evacuações nas áreas que ainda se recuperam. As regiões mais afetadas estão sob alerta máximo.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, anunciou que o furacão Milton deverá permanecer em plena força enquanto atravessa o estado, de oeste a leste. O número de condados em estado de emergência foi ampliado para 51, de um total de 67, em resposta ao avanço da tempestade.

O NHC alerta que o furacão pode trazer chuvas de até 250 mm na Flórida, com acumulados locais de até 380 mm, gerando risco elevado de inundações. Furacões de categoria 5 têm potencial para causar "danos devastadores", afetando até mesmo construções bem estruturadas e deixando regiões sem eletricidade e água por vários dias.

O presidente Joe Biden declarou que o governo federal está mobilizando recursos para resgate e apoio às áreas afetadas. Ele instou a população a seguir rigorosamente as orientações das autoridades locais.

Especialistas alertam que o aquecimento das águas oceânicas, causado pelas mudanças climáticas, tem acelerado a formação de tempestades cada vez mais poderosas. A elevação das temperaturas no mar contribui diretamente para o aumento da intensidade dos furacões, como foi o caso de Helene e agora de Milton.

Helene, que atingiu a Flórida no final de setembro como uma tempestade de categoria 4, causou destruição até os Montes Apalaches, com chuvas torrenciais e inundações massivas. O número de mortos, que ultrapassou 230, tornou Helene o desastre natural mais letal nos EUA desde o furacão Katrina, em 2005. As áreas devastadas ainda se recuperam dos efeitos desse evento, enquanto se preparam para o impacto iminente de Milton.