As evidências de um novo ano: coro de dois milhões de pessoas recebe 2024 em São Paulo.

Uma dança de silenciosas rajadas de luz sobre os arranha-céus da maior cidade da América Latina anunciou os primeiros dez minutos de 2024, nesta segunda-feira (1°), embalados ao som de “Evidências”, sucesso unânime de Chitãozinho e Xororó, dupla escolhida para comandar a contagem regressiva do réveillon na Avenida Paulista.

Com 50 anos de carreira, os irmãos contam com reconhecimento nacional e internacional por sucessos como "Fio de Cabelo" e "Ela não Vai Mais Chorar”. Eles chegaram a atingir a marca recorde de 37 milhões de discos vendidos, o que lhes rendeu quatro vitórias no Grammy Latino. Os músicos receberam quase R$ 800 mil pela apresentação na virada de ano paulista.

A dupla foi precedida por Claudia Leitte, que esquentou o público de cerca de dois milhões de pessoas. A estrela do Axé trouxe a São Paulo a energia que entrega no Carnaval de Salvador. “Liquitiqui”, sua atual música de trabalho, compôs uma playlist que também contou com sucessos como ‘Extravasa’, ‘Bola de Sabão’, ‘Amor Perfeito’, ‘Caranguejo', "Verão dos Meus Sonhos", entre outros que surgiram ao longo seus 20 anos de carreira.

“É muito simbólico termos o Réveillon na Avenida Paulista, o nosso maior corredor cultural, ainda mais celebrando nossa São Paulo, que completa 470 anos em 2024”, disse Aline Torres, secretária municipal de Cultura de São Paulo, à Let’s Go Bahia.

Tudo acontece em um mega palco temático, montado em meio à avenida mais famosa do país. A cenografia traz homenagens a diversos espaços icônicos da capital paulista, como a Estação da Luz, Ponte Estaiada, Catedral da Sé, Farol Santander e o Edifício Itália. 

Em seguida à queima de fogos, é a vez do Baile do Simonal, que se propõe a resgatar grande hits dos anos 1960 e início dos anos 70, repletos de canções que transcenderam gerações. Os artistas Max de Castro, Léo Maia, Ellen Oléria e o multi-instrumentista Ivo Meirelles prometem uma celebração vibrante da cultura afro-brasileira. 

Letras conhecidas por todas as idades, como “Mustang Cor de Sangue", "Terezinha", "Nem Vem que Não Tem" e, é claro, "País Tropical" vão dar o tom das primeiras horas de 2024, ecoando pelo labirinto de ruas e esquinas, que, hoje, particularmente, estão mais vivas do que nunca.