A Assembleia Legislativa da Bahia realizará uma sessão especial nesta segunda-feira (23), das 9h às 12h, para discutir a "Economia do Mar na Amazônia Azul". Isso ocorre em alinhamento com a Década das Nações Unidas de Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (ONU 2021-2030). A economia do mar na Bahia é significativa, movimentando R$ 80 bilhões anualmente e retratada em um mural do artista Carlos Bastos no plenário da Assembleia Legislativa.
O termo "Economia Azul," cunhado por Günter Pauli, traz reflexões sobre como os oceanos contribuem para a economia e a importância de garantir a sustentabilidade ambiental. A "Economia do Mar" engloba atividades industriais como óleo e gás, indústria naval, pesca, aquicultura, turismo, logística e energia, visando políticas e investimentos que preservem o ambiente marinho.
A área chamada "Amazônia Azul," que abrange 5,7 milhões de km² ao redor da costa brasileira, movimenta cerca de R$ 2 trilhões em PIB, equivalente ao agronegócio. Um Planejamento Espacial Marinho (PEM) é organizado pela Comissão Interministerial de Recursos do Mar (CIRM), com apoio do BNDES.
A Bahia, com seu extenso litoral e a Baía de Todos-os-Santos, foi declarada "Capital da Amazônia Azul" pela "Carta da Bahia," lançada em 2014. O estado possui 46 dos 280 municípios costeiros brasileiros. Com praias, rios, manguezais, e clima tropical, a Bahia busca entender a "Economia do Mar" como uma força crescente na bioeconomia, atraindo investidores e turistas.
Salvador, com grande influência do mar, é responsável pela maior arrecadação de ICMS no estado e precisa explorar melhor seu potencial marítimo. No entanto, a importância do mar ainda não é amplamente debatida nas escolas, na academia e na sociedade, apesar de sua riqueza e relevância.
Eduardo Athayde é diretor do WWI no Brasil e membro da Comissão de Economia do Mar da Associação Comercial da Bahia (ACB). [email protected]