A busca por organizações diversas e inclusivas tem aumentado, tanto pela responsabilidade social quanto pelo ponto de vista competitivo. De acordo com o Instituto de Identidades do Brasil (IDBR), a diversidade tem grande impacto no mercado de trabalho. Para cada 10% de aumento na diversidade de gênero, houve um crescimento de aproximadamente 5% na produtividade das organizações.
Para alcançar a diversidade e a inclusão, as empresas precisam implementar políticas e práticas que transformem a cultura organizacional, em que todos compartilhem dos mesmos processos e ideais. Muitas organizações ainda estão no processo de entender como aplicar a diversidade na rotina de trabalho. O sucesso dessas práticas de forma efetiva e rápida precisa do envolvimento dos gestores e executivos dentro de todo o processo.
CEO da Aruna Marketing - especializada em marketing digital, Priscyla Caldas conta que sempre prezou pela diversidade em seu negócio. “Sempre levo essas questões para as ações e decisões da empresa. Se em um processo seletivo, tiver uma vaga e duas pessoas candidatas com a mesma capacidade técnica, irei priorizar a vaga para aquela que sei que no mercado de trabalho terá menos oportunidades.”
Realizado pela consultoria McKinsey, o estudo Diversity Matters 2020, comprovou que organizações que prezam pela equidade em suas equipes, tem 14% mais chances de superar a performance dos concorrentes, e 93% maior probabilidade de obter um desempenho financeiro superior quando os funcionários percebem essa maior equalização entre as oportunidades.
Mais do que uma obrigação, um ambiente de trabalho diverso, que promove acolhimento, aceitação, respeito e melhores oportunidades para todos, abre espaço para o desenvolvimento de habilidades, produtividade e reconhecimento. Estabelecer uma igualdade de gênero e oportunidades dentro da empresa traz representatividade e inspiração, consequentemente potencializando a lucratividade e promovendo uma cultura organizacional mais forte.
Um estudo feito pela mestre em Gestão para Competitividade, Monique Cardoso, demonstrou que empresas com altas pontuações ESG contavam com mulheres nos cargos de diretoria. Com 70% dos funcionários da sua empresa sendo mulheres, Priscyla fala sobre a importância da diversidade de gênero dentro das organizações e as transformações no ambiente. “Em quase 15 anos de agência, percebo que as mulheres com quem trabalhei e trabalho buscam autoconhecimento, são empáticas, se adaptam bem às mudanças e desafios, lidam bem com críticas e de modo geral fazem terapia, ou seja, cuidam da sua saúde mental. Além da capacidade técnica que cada profissional deve sempre buscar o melhor na sua área, essas outras características facilitam e muito a manter um ambiente saudável e em harmonia”, conclui.