Prefeitura orienta população sobre cuidados durante chuvas em Salvador
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Há cerca de 7 anos, Michele Bezerra Pinheiro, que à época trabalhava em um empresa de telefonia, foi alertada por colegas de trabalho que ela deveria procurar um especialista para verificar sua capacidade auditiva. Mesmo surpresa com a indicação, já que ela ainda não havia percebido o problema, Michele foi ao fonoaudiólogo, onde foi diagnosticada com perda auditiva no ouvido direito e passou a fazer uso de aparelho. Alguns anos depois, em 2020, começou a sentir dificuldades auditivas no ouvido esquerdo, que também necessitou do uso de aparelho corretivo.
Com apenas 15% de audição no ouvido direito, e 75% no ouvido esquerdo, Michele Pinheiro, hoje com 30 anos, faz parte dos mais de 10 milhões de brasileiros com deficiência auditiva. “No início foi bem difícil aceitar, pois meu maior medo era o preconceito. Eu sempre ficava preocupada em como seria vista pelas pessoas, no ambiente de trabalho etc. Na época, chorei muito, mas com o tempo, fui aceitando. Minha médica conversou muito comigo e foi me ajudando neste processo”, conta Michele, que vive na capital baiana, com seu marido e o filho, Pietro Pinheiro Barroso, de 5 anos.
Com o diagnóstico de perda auditiva bilateral, Michele também passou a ter direito às vagas de trabalho destinadas às pessoas com deficiência. No entanto, por desconhecimento da legislação, somente este ano participou do seu primeiro processo seletivo para preenchimento de vagas de PCD. Contratada para trabalhar no Sabin Medicina Diagnóstica de Salvador, a auxiliar administrativa conta que se surpreendeu com a forma como foi recebida e pelo tratamento dispensado por seus colegas no dia a dia da empresa.
“Já trabalhei em diversas organizações, e vejo a diferença entre as experiências anteriores e agora. Aqui não existe diferença por eu ter uma deficiência. Todos, desde os colegas do setor, até a gerência e diretoria, fazem de tudo para que eu me sinta realmente bem aqui. Inclusive, como eles sabem que eu faço muita leitura labial, percebo um cuidado maior de sempre repetir algo que eu não tenha entendido. É realmente uma empresa diferenciada”, afirma.
A gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional, Ana Flávia Briceño, explica que no Sabin, o profissional com deficiência é tratado em igualdade de condições com os demais colaboradores quando se trata de oportunidade de crescimento, promoção, feedback ou aumento de salário, por exemplo. “O que o Sabin olha é a qualificação profissional e as entregas que cada um pode oferecer. Quanto mais a gente dá as mesmas oportunidades, olhando de uma forma individual para as necessidades específicas do colaborador com deficiência, melhor será o seu desempenho e o seu engajamento”, afirma.
Segundo Ana Flávia, o segredo para a inclusão desses colaboradores é a adoção de políticas de valorização que os estimulem e os façam sentir-se parte dos resultados. “O profissional com deficiência, quando é valorizado, desafiado, ele sente que pode entregar da mesma forma que os demais colaboradores. Se você é gestor de RH e quer um profissional comprometido, com muita vontade de aprender, de dar o seu melhor para aquela atividade, não tenha dúvidas, pode contratar uma pessoa com deficiência, porque certamente ela dará o seu melhor”, garante Ana Flávia.
A prática de políticas de inclusão, segundo Ana Flávia, traz benefícios até mesmo para os demais colaboradores da empresa, que, ao perceberem o esforço e a dedicação do profissional com deficiência, também acreditam que podem apresentar melhores resultados e contribuírem para um ambiente de inclusão e acolhimento.
Unindo forças
Em 2018, o Sabin implantou o Comitê de Diversidade, composto pela alta liderança e líderes dos Grupos de Afinidade, uma Comissão Tática, que inclui profissionais de RH, integrado por colaboradores voluntários para cada dimensão. Juntos, eles promovem estratégias, políticas, projetos e ações de engajamento e acompanham indicadores e avanços para assegurar um ambiente corporativo diverso, inclusivo e de respeito às diferenças.
Além disso, a empresa desenvolveu o Guia Sabin de Diversidade e Inclusão, uma publicação voltada para colaboradores, fornecedores e prestadores de serviço com os objetivos de esclarecer conceitos, promover a reflexão, fortalecer a empatia e reforçar um ambiente aberto ao diálogo, acolhedor e livre de preconceitos.
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