Cortejo da Folia de Reis toma o Pelourinho nesta terça-feira (16)

Foto: Divulgação  / Associação Humano Progresso Brasil

Salvador recebe, nesta terça-feira (16), o tradicional Cortejo da Folia de Reis, manifestação cultural que há mais de duas décadas ocupa o Centro Histórico da cidade e celebra uma das expressões mais marcantes da cultura popular brasileira. A partir das 14h, o público poderá acompanhar gratuitamente o percurso simbólico pelo Pelourinho, em um ritual que remete à caminhada dos Três Reis Magos em busca do menino Jesus.

Realizado desde 2001, o cortejo percorre importantes pontos históricos e religiosos da capital baiana. A concentração acontece na Praça da Cruz Caída, seguindo pela Catedral Basílica, Largo e Irmandade de São Francisco, Igrejas de São Domingos e São Pedro, até a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, reafirmando a relação entre fé, memória e tradição popular.

Mais do que uma celebração cultural, a Folia de Reis está diretamente ligada a um projeto social de forte impacto no Subúrbio Ferroviário de Salvador. A iniciativa é promovida pela Associação Humano Progresso Brasil, entidade sem fins lucrativos responsável pela gestão do Centro Educativo João Paulo II, que atende diariamente cerca de 600 crianças, adolescentes e jovens, com idades entre 6 e 18 anos, em situação de vulnerabilidade social.

No espaço, os participantes têm acesso a reforço escolar, atividades de robótica, informática e programação, além de práticas esportivas como futsal, basquete, handebol e karatê, bem como dança e capoeira. O centro também oferece almoço diário, cursos de qualificação profissional e acompanhamento pedagógico e psicológico, fortalecendo o desenvolvimento integral dos jovens atendidos.

“Celebrar a Folia de Reis é manter viva uma tradição que pertence à comunidade e, ao mesmo tempo, mostrar que a cultura também é uma ferramenta de educação, cuidado e transformação social”, destaca Paola Cigarini, diretora da Associação Humano Progresso Brasil.

Com entrada gratuita e aberta ao público, o cortejo reforça o papel da cultura como instrumento de inclusão social e preservação da memória popular, além de integrar a agenda cultural de Salvador e ampliar o debate sobre infância, juventude e desenvolvimento social.