Combustível de qualidade: saiba se o produto que você está utilizando em seu carro é confiável

Na hora de abastecer o tanque do carro, o que você mais avalia? o preço do produto, a bandeira do posto, o atendimento? Todos esses questionamentos são importantes, no entanto, o consumidor deve estar atento a um ponto indispensável: a qualidade do combustível. Segundo o gerente de base da distribuidora de combustíveis Larco, Artur Angelis, todo combustível que não está dentro das especificações legais estabelecidas pela ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, é considerado de má qualidade. “Temos muito compromisso e responsabilidade com o produto que fornecemos. Contamos com rigorosos testes de qualidade para certificar que o produto entregue ao cliente não esteja fora de especificação, podendo danificar e comprometer a mecânica do automóvel”, relata. 

O gerente de base explica que os prejuízos ao veículo abastecido com produto irregular são diversos, tais como: falhas na aceleração, aumento do consumo, perda de potência, ruídos, carbonização das velas de ignição e entupimento de bicos injetores, em casos mais graves pode ocasionar a perda do automóvel. A Larco distribui combustível para todo território nacional, seguindo o padrão de qualidade exigido pela agência reguladora para cada tipo de produto. No entanto, é de responsabilidade dos postos revendedores, sejam eles embandeirados ou bandeiras brancas, preservar a integridade do combustível fornecido ao consumidor final, assegurando a comercialização de um produto limpo, sem adulteração. 

De acordo com o Angelis, cada tipo de combustível possui um teste específico. A avaliação da gasolina comum e aditivada, por exemplo, inclui a verificação da massa específica a 20º; destilação (10%, 50%, 90%); PFE (Ponto Final de Ebulição); resíduo; teor de álcool anidro; aspecto; cor e teor de metanol. No diesel S10 e S500, são feitos os exames de massa específica a 20º; aspecto; cor; ponto de fulgor; teor de biodiesel; teor de água e condutividade. Já no etanol hidratado, é realizada a testagem da massa específica a 20º; teor alcoólico a 20º; cor; aspecto; PH (Potencial Hidrogeniônico); condutividade elétrica; acidez total como ácido acético, teor de hidrocarbonetos e teor de metanol. 

Cada distribuidora tem sua logística operacional para oferecer combustível de qualidade, a Larco, por exemplo, conta com uma equipe especializada, os Operadores de Combustível, além disso, todo insumo da Larco, antes do carregamento para entregar ao cliente, passa por análise de uma empresa laboratorial, especializada e licenciada. O produto expedido é acompanhado de um boletim de conformidade emitido por um químico credenciado. “ Esse boletim é enviado toda vez que recebemos produto em nossos tanques, ou seja, se recebermos produto no tanque três vezes ao dia, o experimento laboratorial é realizado nesta mesma proporção”, afirma Artur.

O gerente de base lista quatro cuidados fundamentais que o consumidor final deve ter para reduzir o risco de comprar combustível adulterado, e, assim, ter mais segurança e confiabilidade ao abastecer seu carro:  

1. Exigir sempre a nota fiscal, para caso tenha um problema e necessite reclamar;

2. Estar atento se o posto for bandeira branca, pois cada bomba abastecedora deverá identificar o distribuidor do respectivo combustível; 

3. Em casos de abastecimento com gasolina, sempre que possível solicitar o teste da proveta, que mostra o percentual de etanol anidro na gasolina, que por lei deve ser 27%, com tolerância de 1% para mais, e 1% para menos; 

4. Desconfiar de postos que comercializam combustível a preços muito abaixo da média da região. 

Conforme uma resolução da ANP, o cliente que desconfiar da qualidade e procedência do combustível na hora de abastecer em um posto tem o direito de solicitar o teste de qualidade gratuitamente ao frentista. Entretanto, de acordo com a associação que atua no combate ao comércio irregular e fraudes do setor de combustíveis no Brasil, o ICL - Instituto Combustível Legal -, apenas 5% dos consumidores tomam essa iniciativa. Caso haja resistência, o consumidor pode formalizar a denúncia  ao Procon e à ANP, pelo telefone 0800 970 0267 ou no site www.anp.gov.br.