Idealizado pela baiana Carla Rebouças, formada em Cinema pela LFA de Londres, o projeto Cintilante Núcleo de Audiovisual para Artistas LGBTQIA+ é um curso teórico e prático de capacitação da linguagem audiovisual direcionado à comunidade artística dentro da sigla, totalmente gratuito. Em razão da pandemia de Covid-19, a oficina é em formato virtual, para um grupo de 25 artistas.
Nos encontros, serão abordados as diferentes etapas que compõem a construção de uma obra, desde a concepção da ideia, roteirização, produção, caracterização, captação de imagem e som, direção, pós produção, edição, publicação e interpretação dos dados de audiência digital, como forma de potencializar a difusão de obras pela internet.
Ao longo da carreira, Carla Rebouças sempre buscou desafios que estimulam o compartilhamento de história, pluralizando os lugares de fala e atuando de forma inclusiva, fazendo com que os artistas LGBTQIA+ possam se capacitar e seguir para o mercado de trabalho cada vez mais qualificados.
“Trabalho há dez anos com produção e direção, tendo realizado festivais, longas e curtas, séries e documentários no Brasil e no exterior. Com a pandemia, os artistas culturais, que até então realizavam as atividades de forma presencial, se viram impossibilitados de desenvolver sua arte, surgiu daí a ideia de reinventarmos a oficina para um novo formato: o virtual”, conta ela.
Entre os convidados para as aulas, nomes como Natalie Hornos, Desirée Beck, Lara Beck Belov e Victoria Blossom.
O projeto conta com o apoio financeiro do Estado da Bahia, através do Programa Aldir Blanc da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural (Funceb).
“Graças ao apoio temos a oportunidade de realizar esse sonho de possibilitar a capacitação de artistas queer para a criação de novas narrativas na reconstrução coletiva dos olhares sobre si mesmos”, conclui.