O poder de um livro é gigante e não importa a idade. Desde as antigas civilizações, a leitura é percebida como capaz de proporcionar alívio às enfermidades, seja do corpo ou da alma. E essa crença só vem se confirmando com a ‘Biblioterapia’. O termo surgiu apenas no século 20. Mesmo recente, os estudos e pesquisas só crescem. Na Bahia, a enfermeira Adriana Freitas tem se dedicado ao estudo da Biblioterapia com o público idoso. “É gratificante demais ver como eles saem mais leves e ativos depois de uma roda de Biblioterapia. Querem pegar no livro, ver as ilustrações de perto... São tocados pelas palavras”, define a profissional que divide a vasta atuação na área de saúde com estudos sobre o poder de transformação dos livros.
Especialista em Gerontologia e Doutora em Saúde Pública pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Adriana decidiu estudar Biblioterapia depois que iniciou a carreira paralela como escritora. A estreia na cena literária foi em 2016 com o livro Crônicas no Asilo, que traz dez histórias, entre realidade e ficção, de personagens que vivem dilemas existenciais em instituições de longa permanência para idosos. Depois, a escritora publicou mais quatro livros infantis. Após concluir a pós-graduação em Biblioterapia, Adriana Freitas inovou ao coordenar ano passado uma atividade de extensão sobre Biblioterapia e Maturidade chancelada pela UFBA. A especialista baiana participa, neste mês de julho, do I Fórum de Biblioterapia no Brasil, ministrando uma oficina on-line sobre Biblioterapia para Idosos no dia 12 de julho, das 14 às 17 horas. O investimento para interessados em participar é de R$ 50. Mais informações através do link:
Cuidado além das palavras:
A Biblioterapia tem a finalidade de usar a literatura como suporte no desenvolvimento pessoal e na prática de autoconhecimento. O uso das narrativas a serviço do cuidado é uma prática que abre possibilidades de mobilização efetiva e afetiva entre leitores, ouvintes e participantes das rodas.