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No próximo dia 2 de fevereiro, a tradicional Festa de Iemanjá, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, contará com um evento especial: o "Balaio e Feira Artesanato da Bahia na Festa de Iemanjá". Realizado no Parador Z1 BAR, no Largo de Santana, o evento reunirá 10 artesãs e artesãos indígenas e quilombolas, promovendo a riqueza e a diversidade do artesanato baiano em um espaço que celebra a ancestralidade e a sustentabilidade.
O público terá acesso a uma variedade de peças feitas à mão, como colares, chapéus, brincos, pulseiras e roupas de crochê. Entre os destaques está a Associação de Artesãs Raízes do Quilombo e Dandá, reconhecida pela coleção Axé Raízes do Quilombo, que já brilhou no São Paulo Fashion Week. Criada por 25 artesãs, a coleção resulta de uma parceria com o projeto Collab Artesanato da Bahia e os estilistas da marca Meninos Rei, exaltando a pluralidade da cultura afro-brasileira.
A programação começa às 9h, com um cortejo especial para a entrega simbólica do Balaio do Artesanato da Bahia à Iemanjá. Conduzida pelo babalorixá José Raimundo Lima Chaves (Pai Pote), a cerimônia reunirá representantes públicos, devotos, turistas e membros das comunidades indígenas e quilombolas em uma procissão até a Colônia dos Pescadores. O balaio, produzido de forma sustentável em oficinas lideradas pelo artista plástico Babá Geri, simboliza fé, paz e preservação da natureza.
A feira é uma iniciativa do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e da Coordenação de Fomento ao Artesanato (CFA). Desde 2023, o projeto Artesanato de Comunidades Tradicionais promove a qualificação e valorização cultural de povos indígenas e quilombolas, beneficiando cerca de 160 artesãos em territórios como Quingoma (Lauro de Freitas), Palmares (Simões Filho) e aldeias indígenas de Santa Cruz Cabrália e Ilhéus.
“Além de expressar a identidade do nosso povo, o artesanato é uma fonte de renda e de valorização da cultura. Nosso objetivo é unir tradição, sustentabilidade e geração de oportunidades”, afirma Augusto Vasconcelos, titular da Setre.
Com esta ação, o Balaio do Artesanato reforça seu compromisso com práticas ecológicas e com a economia criativa, consolidando-se como uma peça fundamental na valorização do artesanato baiano e na preservação das tradições culturais do estado.