Além do palco: como as produções de eventos impulsionam empregos e a economia no estado

Foto: Bahia Eventos / Divulgação

Muito além dos refletores e da emoção do público, os grandes eventos têm se consolidado como importantes motores da economia baiana. Em um estado onde o setor de serviços representa mais de 70% do PIB, produções como as realizadas pela Bahia Eventos ajudam a transformar agendas culturais e corporativas em oportunidades de renda, qualificação e movimentação econômica.

Nos últimos 12 meses, a empresa esteve à frente de sete grandes projetos — entre eles a inauguração da fábrica da São Braz, a RoboCup, a fábrica da BYD, a Index, a Expo Mundo Pet, a ConstruNordeste e o 20º Bahia RH. Cada entrega envolveu equipes extensas, cadeias produtivas locais e centenas de prestadores de serviço, com efeitos que se estendem além do período de montagem e execução.

Em média, um evento corporativo produzido pela empresa mobiliza cerca de 100 profissionais diretamente, entre montagem, produção, sonorização, limpeza e segurança. Feiras de grande porte podem demandar até 250 pessoas. Indiretamente, cada projeto aciona de 10 a 15 fornecedores e aproximadamente 250 prestadores de serviço, movimentando setores como hotelaria, transporte, alimentação, comunicação e serviços especializados.

Esse impacto é percebido na rotina de empresas e trabalhadores que atuam na cadeia de eventos. A Executa Mão de Obras é um desses exemplos. Parceira recorrente da Bahia Eventos, a empresa tem ampliado contratos e oportunidades a partir das produções realizadas no estado.

Segundo Rennya Oliveira, CEO da Executa, o efeito é imediato. “Os eventos organizados pela Bahia Eventos têm impacto significativo no nosso trabalho, pois proporcionam visibilidade e novas oportunidades para nossa equipe e prestadores locais. Durante a ConstruNordeste, por exemplo, fomos responsáveis pela limpeza e organização do espaço. Isso não apenas evidenciou a qualidade dos nossos serviços, como nos conectou a novos fornecedores e organizadores. Como resultado, conseguimos fechar contratos adicionais e ampliar a renda da equipe e de profissionais locais que atuaram conosco”, afirma.

Entre os eventos de maior repercussão estão a RoboCup 2025, que levou a Salvador mais de 1.500 competidores de 40 países e recebeu cerca de 60 mil visitantes; a ConstruNordeste, com mais de 200 expositores e 35 mil visitantes; e a Index, feira de inovação e tecnologia que movimentou R$ 98 milhões em negócios. Juntos, esses números reforçam o peso da Bahia no circuito nacional de grandes eventos.

A inauguração da fábrica da BYD, em Camaçari, também exemplifica o potencial do setor ao marcar um novo momento para o polo industrial baiano e atrair atenção nacional e internacional. Já a abertura da fábrica da São Braz, em Conceição do Jacuípe, uniu programação técnica e cultural, fortalecendo o relacionamento com a comunidade e destacando os múltiplos efeitos de um evento além de sua entrega formal.

Para Bruno Portela, head da Bahia Eventos, essa força está na capacidade de conectar diferentes elos da cadeia produtiva. Ele destaca que os resultados são fruto de um trabalho coletivo que envolve estratégia, criatividade e valorização profissional.

“Cada projeto é uma oportunidade de impulsionar negócios, desenvolver profissionais e fortalecer a economia local. Enxergamos os eventos como plataformas vivas de relacionamento e transformação. Nosso papel é garantir que cada entrega traduza excelência, inovação e propósito, gerando conexões e movimentando mercados muito além do momento do evento”, afirma.

A empresa também tem investido em parcerias com fornecedores locais e em iniciativas de formação, visando qualificar ainda mais a mão de obra envolvida. “Acreditamos que investir em capacitação é fundamental para o avanço do setor. Fortalecemos a rede de profissionais a cada evento, estimulando aprendizado e aprimoramento técnico. Quando a base está preparada, todo o mercado cresce — do prestador ao cliente”, completa Portela.

Para os próximos anos, a Bahia Eventos pretende evoluir na mensuração dos impactos socioeconômicos das produções, ampliando transparência e reforçando o compromisso com práticas mais sustentáveis. “Queremos entender de forma ainda mais precisa como os eventos geram valor para as comunidades e para o mercado. Não apenas na esfera econômica, mas também social e ambiental. Nosso objetivo é que cada projeto deixe um legado positivo e duradouro”, ressalta o executivo.