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Acessibilidade e inclusão para deficientes visuais são temas de debate no Instituto de Cegos da Bahia

Acessibilidade e inclusão para deficientes visuais são temas de debate no Instituto de Cegos da Bahia
Da Redação

Da Redação

30/08/2024 8:00pm

Os desafios de acessibilidade e inclusão para pessoas com deficiência visual foram o foco de um encontro realizado na última quinta-feira, 29 de agosto, no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, em Salvador. Promovido pelo Instituto de Cegos da Bahia (ICB), em parceria com a Associação Bengala Verde Brasil, o evento foi aberto ao público e buscou debater as barreiras enfrentadas por pessoas cegas e com baixa visão, além de explorar maneiras de criar um ambiente mais inclusivo.

Entre os temas abordados, destacaram-se os aspectos psicossociais da deficiência visual e os avanços e desafios dos direitos dessas pessoas na Bahia. A médica oftalmologista e coordenadora do ICB, Drª Fátima Neri, apresentou um panorama da deficiência visual no Brasil e no mundo, ressaltando que, apesar de avanços em políticas públicas, ainda há um longo caminho a percorrer. "A acessibilidade é um direito fundamental que deve ser garantido a todos. Ainda enfrentamos barreiras tanto físicas quanto digitais, que dificultam a plena participação dessas pessoas na sociedade", afirmou.

O evento contou com a participação de especialistas como Isadora Maia, advogada e procuradora jurídica da FEAPAES-BA, Cecília Vasconcellos, psicóloga especializada em análise do comportamento, e Roseli Oliveira, diretora-presidente da Bengala Verde Brasil. Elas trouxeram contribuições valiosas para o debate, abordando desde aspectos legais até estratégias de inclusão.

O ICB, com sede no Barbalho, Salvador, é o único da Bahia a oferecer gratuitamente prevenção, diagnóstico, habilitação, reabilitação e inclusão social para pessoas cegas ou com baixa visão. Com mais de 310 mil procedimentos anuais, o instituto segue como referência na área da saúde ocular, mas enfrenta desafios como a alta demanda, que pode gerar até três meses de espera por atendimento.