Últimas notícias

Rebeca Andrade conquista medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020!

Terceira a se apresentar, Rebeca Andrade pulou para a liderança e aos poucos, vimos o seu sorriso aumentar até a certeza de que entraria para a história com seu ouro olímpico!

Rebeca Andrade conquista medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020!
Da Redação

Da Redação

01/08/2021 6:10am
A ginasta Rebeca Andrade acaba de conquistar a medalha de ouro em Tóquio, no salto, na manhã deste domingo.

Terceira a se apresentar, Rebeca viveu a emoção de a cada apresentação das suas concorrentes, ir abrindo seu sorriso e soltando o choro.

O primeiro grande susto foi com a nota da sul-coreana Seojeong Yeo que alcançou 15,333 com o salto mais difícil executado na final. Porém, a atleta quase caiu no segundo salto, o que abriu espaço para o ouro de Rebeca. Já no final da competição, um pouco antes de sair a nota da russa Liliia Akhaimova, (última a se apresentar), Rebeca já estava cercada por câmeras e ali, todos já sabiam que nossa Rebeca, a ‘Dianinha se Guarulhos’, era a medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio!

Com a média de 15,083 pontos, ela garantiu o ouro no salto nas Olimpíadas de Tóquio.
Rebeca foi a única a conseguir uma média acima de 15,000 no salto. A prata ficou com a norte-americana Mykayla Skinner, com 14,916. A sul-coreana Seojeong Yeo fechou o pódio, em terceiro lugar, com 14,733.

Vinda da periferia de Guarulhos e tendo superado três lesões graves no joelho, a atleta quase abandonou o esporte, mas sua mãe a convenceu de não desistir.

Dando uma verdadeira lição de vida e exemplo de maturidade, Rebeca deu uma declaração linda no momento em que conquistou a sua medalha de prata no individual geral (prova que definiu a ginasta mais completa do mundo).
 “Não desistam, acreditem no sonho de vocês e sigam firmes. Dificuldades sempre teremos, mas temos que ser fortes o suficiente para passar por cada dia. Tive pessoas maravilhosas que me ajudaram a passar por esse processo, espero que vocês tenham pessoas incríveis para ajudarem vocês a chegar no topo, assim como eu cheguei. Eu sou muito grata. Mando todo o meu amor para todas as ginastas que passaram por aqui, que estão felizes com o meu sucesso, estou muito grata mesmo", disse Rebeca logo após conquistar a sua medalha de prata, na última quinta-feira (29/07/21).

Na manhã deste domingo (01/08/2021), Rebeca que já tinha feito história em Tóquio ao ganhar a primeira medalha olímpica da ginástica artística feminina, subiu ao pódio mais uma vez na final do salto com seu tão sonhado ouro!

Nascida em um país que não tem a tradição de brigar nessa prova, Rebeca Andrade chegou como uma das favoritas à medalha na ginástica artística nas Olimpíadas de Tóquio. Com 22 anos de idade, ela, que é considerada bem mais completa que as suas antecessoras Daiane dos Santos e Jade Barbosa, não decepcionou. Muito pelo contrário! A ginasta brasileira superou as expectativas de todos nós se apresentando com uma segurança e serenidade impressionantes frente ao enorme desafio que é participar e conquistar medalhas em uma Olimpíada!
Técnicos e treinadores são categóricos em afirmar as suas qualidades técnicas bem marcantes, como a sua força de explosão, flexibilidade, boa angulação, o quadril encaixado, além de muito controle emocional, fatores que lhe garantem visível segurança e serenidade nas apresentações que realiza.
Rebeca iniciou a carreira no projeto social Iniciação Esportiva, da Prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo. 
Sempre inspirada por sua ídola, Daiane dos Santos, ginasta brasileira que conquistou nove medalhas de ouro em campeonatos mundiais no solo (entre 2003 e 2006), Rebeca acabou ganhando o apelido de "Daianinha de Guarulhos". 
A ginasta passou por alguns talentosos treinadores até ser descoberta por Mônica Barroso dos Anjos, técnica da equipe de ginástica de Guarulhos e árbitra internacional, que treinou a jovem por um ano e meio e, em seguida, a encaminhou para o grupo de alto rendimento, no qual a jovem disputou competições representando Guarulhos, como o estadual, o brasileiro e até um interclubes em Cuba, em 2009.


Início de carreira
De família humilde e numerosa, houve um tempo em que a nossa ginasta precisou parar de treinar, pois as contas apertaram e o salário de empregada doméstica de sua mãe, Rosa Rodrigues, não dava conta de sustentar sete filhos além de Rebeca. Quando teve a oportunidade de retornar aos treinos, Rebeca não parou mais. Ia de ônibus e, quando não tinha dinheiro, ia a pé, mesmo com a distância do local do treino — cerca de 2 horas a pé.

Nessa época, a jovem contou com o total apoio dos treinadores do projeto social de iniciação ao esporte no Ginásio Bonifácio Cardoso, que criaram um esquema de rodízio para levá-la até o local dos treinos, e também da Prefeitura de Guarulhos, que  disponibilizou uma espécie de bilhete único para que os atletas frequentassem os treinos. Mas, ainda assim, muitas vezes, ela foi a pé, pois quando o valor disponível no cartão acabava, demorava muito tempo para cair a recarga e para não perder os treinos, ela ia a pé mesmo. 
São muitas as histórias que envolvem a força de vontade e a paixão de Rebeca pela ginástica olímpica. Ainda pequena, quando tinha cerca de 6 ou 7 anos, seu irmão mais velho, Emerson, hoje com 30 anos, comprou uma bicicleta em uma fábrica de reciclagem para levar a irmã aos treinos. Na época, ele tinha uns 15 anos e ela entre 6 e 7. Havia até um motorista de ônibus que dava carona para Rebeca e Emerson sempre que encontrava os dois pelo caminho. E hoje todo esse sacrifício se traduz nesse incrível desempenho da nossa atleta que enche o nosso país de orgulho e alegria!



📸 Reuters &  Tnt Sports / Reprodução Internet 

#rebecaandrade #ginasticaolimpica #medalhadeouro #tokio2020 #letsgo #letsgobahia #issoéletsgo