Ópera 'Amor Azul' com Gilberto Gil será transmitida ao vivo
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A CAIXA Cultural Salvador recebe, de 28 de maio a 04 de agosto, a exposição "Nhe´ ẽ Se", que reúne obras de 12 proeminentes artistas indígenas de diversas regiões do Brasil. Destaque para o Manto Tupinambá, recentemente exibido na Bienal de Veneza. "Nhe´ ẽ Se", expressão guarani que significa o desejo de fala e a expressão do espírito, é uma mostra que pretende comunicar ideias e emoções, a essência da própria arte.
Depois de sua estreia em Brasília, a exposição chega a Salvador e pode ser visitada gratuitamente de terça a domingo, das 9h às 17h30. Com classificação livre, é aberta a todos os públicos.
Entre os artistas destacados estão Aislan Pankararu, Ajú Paraguassu, Arissana Pataxó, Auá Mendes, Davi Marworno, Déba Tacana, Edgar Kanaykõ Xakriaba, Glicéria Tupinambá, Paulo Desana, Tamikuã Txihi, Xadalu Tupã Jekupé e Yacunã Tuxá. A curadoria é de Sandra Benites, da etnia Guarani-Nhandeva (MS) e doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional da UFRJ, e de Vera Nunes, pesquisadora em gênero, raça e interseccionalidades.
Sandra Benites destaca a importância de reunir trabalhos de artistas indígenas de diferentes regiões do país, ressaltando a força do diálogo entre diversas vozes e expressões. Para Vera Nunes, trazer a exposição para a Bahia é um reencontro afetivo com a ancestralidade local e um resgate da memória-território.
A exposição, patrocinada pela CAIXA e pelo Governo Federal, é idealizada e realizada pela Via Press Comunicação. Além da rica diversidade artística, a mostra também oferece uma reflexão sobre a memória e os direitos dos povos indígenas.
Manto Tupinambá
Entre as obras em exibição está o Manto Assojaba Tupinambá, de Glicéria Tupinambá, que resgata técnicas ancestrais de confecção. Este manto foi destaque na Bienal de Veneza e representa a memória e o ativismo social e político dos povos indígenas. Glicéria, originária da aldeia Serra do Padeiro, na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, é a única que domina o método de produção desses mantos sagrados.
Força Coletiva da Exposição
A coletividade da mostra é um ponto forte, apresentando obras que exaltam as origens e destacam a importância da recuperação e preservação dos territórios indígenas. A Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ressaltou a importância política da mostra, celebrando a ocupação de espaços culturais pela arte indígena.
Os artistas utilizam materiais encontrados em seus territórios, reforçando a conexão espiritual entre o indivíduo e a matéria. A mostra inclui pinturas, fotografias, instalações, vídeos e textos que convidam o público a mergulhar no universo indígena.
Abertura, Visita Guiada e Roda de Conversa "Diálogo é Cura"
A abertura oficial da exposição será às 19h do dia 28 de maio, com as curadoras Sandra Benites e Vera Nunes. Haverá tradução em libras, audiodescrição e vídeos legendados para garantir acessibilidade.
No dia 29 de maio, estão programadas uma visita guiada às 14h e a roda de conversa "Diálogo é Cura", das 14h30 às 15h30. A roda de conversa abordará o poder do diálogo, a retomada da cultura indígena e o trabalho dos artistas, proporcionando uma reflexão sobre a cosmovisão indígena e sua contribuição para uma sociedade mais justa e democrática.
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