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Capital baiana será palco do Intercâmbio Cultural de Capoeira Mangangá

Evento une tradição, inclusão social e igualdade racial em celebração à capoeira

Capital baiana será palco do Intercâmbio Cultural de Capoeira Mangangá
Jacson Gonçalves

Jacson Gonçalves

17/08/2025 2:00pm

Foto divulgação 



De 19 a 31 de agosto, a Associação Sociocultural e de Capoeira Mangangá realiza o Encontro Cultural e Intercâmbio Internacional de Capoeira, que vai movimentar nove bairros de Salvador — além de Lauro de Freitas, Simões Filho e Camaçari, na região metropolitana. A edição de 2025 traz como tema “Capoeira Alegria da Bahia”, reforçando o papel da capoeira como ferramenta de inclusão, valorização da cultura negra e instrumento de transformação social.


Este ano, o evento homenageia o centenário de nascimento do Mestre Canjiquinha (Washington Bruno da Silva), um dos grandes nomes da Capoeira Angola, que faleceu em 1994 mas deixou um legado histórico ainda pouco difundido. “Teremos oficinas de capacitação e atividades voltadas para crianças, jovens e mulheres negras, discutindo políticas públicas, inclusão e a importância da capoeira como expressão de identidade e resistência”, explica Tonho Matéria, idealizador do projeto.


A programação será descentralizada, com ações em núcleos de bairros como Pernambués, Castelo Branco, Barra (Farol da Barra), Tancredo Neves, Sete de Abril, Federação, Nova Brasília, Pau Miúdo e Cabula. Entre os destaques estão o aulão de dança afro e roda de capoeira no dia 24, a partir das 16h, no Farol da Barra, e a noite de gala no dia 27, no IRDEB/TVE, que contará com a exibição do documentário Mestre Tonho Matéria – Vida de um Capoeira, em celebração aos seus 50 anos de prática, além do Festival de Samba-Reggae.


Também estão previstos debates como “A Roda é Delas”, com protagonismo feminino, oficinas sobre ancestralidade e comunicação digital, além de reflexões sobre democracia participativa nas políticas públicas voltadas à capoeira.


O evento integra o projeto Artes em Movimento, que há 24 anos desenvolve ações socioculturais voltadas para a igualdade racial, combate ao racismo, intolerância religiosa e formação profissional de jovens de comunidades periféricas. Em 2025, a iniciativa foi contemplada pelos Editais da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) e conta com apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, via Secretaria de Cultura, e do Ministério da Cultura.