O Memorial Santa Dulce dos Pobres, espaço que celebra a vida e obra da primeira santa do Brasil, reabre nesta terça-feira, 5 de novembro, em homenagem ao Dia Nacional da Cultura. Situado em Salvador, ao lado da sede das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), o memorial passou por uma reforma que ampliou sua acessibilidade e atualizou toda a expografia para atender a visitantes de diferentes idades e perfis, incluindo crianças, idosos e pessoas com deficiência.
A nova estrutura do museu, localizada na Avenida Dendezeiros do Bonfim, estará aberta ao público de terça-feira a domingo, das 10h às 18h, com entrada gratuita até o fim do ano. Para facilitar o acesso, as visitas podem ser agendadas pelos telefones (71) 3310-1923 e (71) 98123-9704 (WhatsApp).
Inaugurado em 1993, o Memorial Santa Dulce dos Pobres guarda itens que narram a trajetória da religiosa baiana conhecida como “Mãe dos Pobres”. Entre os objetos expostos, o público poderá ver o hábito da santa, documentos, fotografias e objetos pessoais, além do quarto preservado onde Irmã Dulce descansava — incluindo a cadeira que serviu de leito por quase três décadas. O roteiro de visitação inclui o galinheiro onde, em 1949, a então jovem freira iniciou sua missão de acolher doentes, o embrião do que hoje é a OSID, um dos maiores complexos de saúde do país com atendimento 100% gratuito.
“Através de fotografias inéditas, recursos multimídia, obras de arte e outras linguagens, os visitantes poderão conhecer a história de Santa Dulce e de suas Obras Sociais seguindo uma linha cronológica que vai desde o seu nascimento até a canonização”, explica Carla Silva, diretora do memorial. A reforma foi viabilizada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com apoio de empresas como Ferbasa, Global Participações, PetroReconcavo, Cielo e Larco. Para garantir a sustentabilidade do espaço, o memorial continua captando recursos via Plano Plurianual.
Experiência imersiva – A nova estrutura oferece recursos que tornam a visita uma experiência imersiva e educativa para todos os públicos. Entre as novidades, há um corredor interativo dedicado ao público infantil, com atividades recreativas que contam a trajetória de Irmã Dulce de forma lúdica. Outro destaque é um espaço que retrata a devoção da santa a Santo Antônio, exibindo objetos, esculturas e relatos sobre essa relação. Para ampliar a acessibilidade, foram instalados rampas, elevadores, corrimãos e monitores bilíngues e em libras.
Maria Rita Pontes, superintendente da OSID e sobrinha de Santa Dulce, acredita que a nova estrutura permitirá uma vivência ainda mais profunda da missão e do legado do Anjo Bom. “Queremos que o visitante se sinta parte de uma das mais impressionantes histórias de amor à humanidade e, com isso, se torne um multiplicador do exemplo que ela nos deixou”, destaca.
Irmã Dulce foi canonizada em 13 de outubro de 2019, tornando-se a primeira santa brasileira. Desde então, o legado da Mãe dos Pobres tem atraído crescente devoção e visitas ao Complexo Santuário Santa Dulce dos Pobres, que hoje recebe cerca de 600 mil pessoas anualmente. Atualmente, existem 83 espaços religiosos pelo Brasil dedicados ao Anjo Bom, incluindo igrejas e capelas, reafirmando a devoção à santa que dedicou a vida aos mais necessitados.