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Dia Nacional das Baianas de Acarajé é celebrado com ações em Salvador, Linha Verde e Aracaju

Dia Nacional das Baianas de Acarajé é celebrado com ações em Salvador, Linha Verde e Aracaju
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

25/11/2024 12:55pm

Nesta segunda-feira (25), o Dia Nacional das Baianas de Acarajé será comemorado com uma série de atividades que exaltam a importância histórica e cultural dessas mulheres icônicas, guardiãs de uma das tradições mais emblemáticas da Bahia.

Para marcar a data, a Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur) promove a sétima edição do projeto "Axé com Dendê", que levará baianas caracterizadas a pontos turísticos de Salvador, Linha Verde e Aracaju (SE).

As homenagens começaram às 7h, com baianas vestidas a caráter ocupando locais de destaque em Salvador, como o Mercado Modelo, o Elevador Lacerda e o Farol da Barra, antes de seguirem para a Linha Verde. Em Aracaju, a celebração terá como cenário a Praia de Atalaia, o Oceanário de Aracaju, a Orla do Bairro Industrial e a Passarela do Caranguejo.

Ao longo do dia, turistas e moradores que visitarem esses locais serão recepcionados pelas baianas, que distribuirão fitinhas do Senhor do Bonfim, cocadas tradicionais e materiais informativos sobre a relevância do ofício. A ação reforça o papel cultural das baianas como ícones da identidade baiana e brasileira.

O Dia Nacional das Baianas de Acarajé, celebrado em 25 de novembro, é uma oportunidade de reconhecer a contribuição dessas mulheres para a preservação da cultura afro-brasileira. Mais do que vendedoras de acarajé, elas são figuras que simbolizam resistência, tradição e fé, sendo fundamentais para a economia criativa e o turismo local.

Com o projeto "Axé com Dendê", a Sufotur busca não apenas valorizar essa tradição, mas também destacar a força das baianas de acarajé como agentes culturais e símbolos da Bahia. A programação promete encantar visitantes e reforçar o vínculo entre as baianas e a memória afetiva dos espaços que ocupam.

Instituído pela Lei nº 12.206/2010, o Dia Nacional das Baianas de Acarajé, comemorado em 25 de novembro, homenageia a relevância histórica e cultural dessas mulheres que, além de prepararem o tradicional acarajé, preservam e promovem a cultura afro-brasileira.

A baiana de acarajé não é apenas uma figura do cotidiano baiano, mas um dos maiores ícones da identidade brasileira. Reconhecidas por sua vestimenta típica — composta por saia rodada, turbante e colares —, elas representam uma conexão direta com a tradição e a religiosidade de origem africana.

Além do acarajé, quitute feito de feijão-fradinho e azeite de dendê, essas mulheres também preparam outras iguarias como abarás e cocadas, perpetuando uma herança culinária que é tanto sagrada quanto popular.

Desde 2004, as baianas de acarajé são reconhecidas como Patrimônio Imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O título reforça a importância da prática como símbolo de resistência e preservação cultural. Outros reconhecimentos incluem o status de Patrimônio Imaterial da Bahia e Cultural de Salvador, obtidos em 2012.

O trabalho das baianas foi formalizado pelo Decreto-Lei Municipal nº 12.175/1998, que regulamenta os locais de atuação e funcionamento de seus tabuleiros na capital baiana.