Cidade e turismo

Cidades baianas aparecem em pesquisa de Ministério entre as favoritas dos brasileiros para o verão

Cidades baianas aparecem em pesquisa de Ministério entre as favoritas dos brasileiros para o verão
Da Redação

Da Redação

06/01/2021 5:55pm

Cidades com diversos atrativos, desde os turísticos, históricos e até os gastronômicos, Salvador e Porto Seguro (localizado no sul da Bahia), aparecem em uma pesquisa divulgada, no final de 2020, pelo Ministério do Turismo entre os dez destinos do país mais procurados para o período do verão de 2021. Enquanto o município fundado em 1535 aparece na nona colocação na lista, a capital baiana vem logo atrás, em décimo.

O ranking é liderado por Natal, capital do Rio de Grande do Norte, seguida por Foz do Iguaçu, no Paraná, e Fortaleza, capital do Ceará. Ainda fazem parte da lista as seguintes cidades: Rio de Janeiro; Maceió; Gramado, no interior do Rio Grande do Sul; Ipojuca, litoral sul de Pernambuco – onde está localizado o famoso destino de Porto de Galinhas; e São Paulo. Mas, mesmo distante dos primeiros lugares, a presença de Salvador e Porto Seguro mostram o quanto as cidades vivem no imaginário dos viajantes que buscam, no período de férias, destinos de praia e sol.

Em uma pesquisa divulgada em meados de dezembro pelo portal Decolar.com, Salvador e Porto Seguro estavam bem ranqueadas entre os viajantes estrangeiros que pensavam em ter a Bahia como destino. Neste rol, a capital baiana aparecia em quinto lugar e Porto Seguro vinha em oitavo. Além dessas, vale lembrar de um terceiro estudo que apontou outras localidades como preferidas daqueles que farão turismo interno no país: Guarajuba, em Camaçari e Barra Grande, na Península de Maraú, localizada no baixo-sul da Bahia.

O levantamento feito pelo Ministério do Turismo teve como base as agências e organizações de viagens com base em clientes que procuraram por pacotes, assim como sondagens feitas junto a meios de hospedagem. O estudo apontou também que 46,4% dos viajantes em potencial procuraram informações sobre destinos de Sol e Praia. O número é bem superior ao segundo lugar das buscas, que são destinos culturais e de patrimônio histórico (13,8%). A procura por opções de turismo de natureza e ecoturismo foi registrada por 9,9% dos clientes. “Estamos vivendo o momento de retomada do turismo e seguindo as tendências mundiais, ele se dará principalmente por meio dos destinos de natureza”, afirmou o ministro do Turismo, Gilson Machado.

CRESCIMENTO

Na capital baiana, especificamente, a perspectiva de turistas esperada no mês de dezembro para visitar a cidade era de 440 mil, segundo a Secretaria municipal de Cultura e Turismo (Secult) – os dados oficiais do mês ainda não foram fechados. Os números estão longe do registrado no final de 2019, mas claro que o principal fator que levou a essa queda foi a pandemia do novo coronavírus, que impactou não apenas este setor, como outros diversos ao longo do último ano.

Porém, uma análise do impacto do Coronavírus em Salvador na atividade hoteleira, divulgado pela própria Secult, mostrou que este segmento, em particular, vem apresentando sucessivas melhoras após a abertura gradativa das atividades econômicas em Salvador com base nos protocolos de saúde no combate à pandemia. A ascensão começou a ser sentida desde julho, quando houve um aumento de 80% na taxa de ocupação das unidades hoteleiras em relação ao mês anterior.

Outro aspecto relevante destacado pelo estudo se refere aos dados das taxas médias de ocupação nos hotéis durante os feriados. No de Finados, em 2 de novembro, que foi  prolongado, o índice de ocupação registrado ficou em cerca de 54%, com um pico diário de 62,31%. Já projetando os dados para os meses futuros, a Secretaria estima que entre dezembro de 2020 e março de 2021 haverá um crescimento médio de 20%. Os dados, porém, podem ser maiores.

Isso desde que sejam descartadas as possibilidades do aumento no número de casos confirmados e a preocupação com a reativação de novos leitos na capital baiana por conta da pandemia do Coronavírus. Ainda segundo a projeção estimada pela Secult, os dados da hotelaria podem chegar ao final de março com um índice médio de ocupação em torno dos 67%, retornando assim ao patamar registrado nos dois últimos anos anteriores a pandemia.

Os dados do órgão batem com as projeções feitas pela Secretaria Estadual de Turismo (Setur). De acordo com o órgão, para o final de dezembro e início de janeiro, a estimativa  de ocupação hoteleira dos destinos mais procurados está em torno de 90% com picos de 100%, dos leitos permitidos pelas autoridades sanitárias. Em Salvador, a expectativa é ter uma ocupação em torno de 70% neste mesmo período.

Por Yuri Abreu para o Jornal Tribuna