Sustentabilidade

Tronox planta mais de 2,2 milhões de mudas nativas no Nordeste

Ação faz parte do programa de recomposição ambiental da Mina do Guajú, na Paraíba

Tronox planta mais de 2,2 milhões de mudas nativas no Nordeste
Da Redação

Da Redação

30/07/2024 3:50pm

Fotos: Tronox/Divulgação

A Tronox Pigmentos do Brasil está liderando um importante esforço de recomposição ambiental na Paraíba, após o encerramento das operações da Mina do Guajú. Localizada em Mataraca, a mina foi uma das principais fontes de minério de titânio (ilmenita) para a fábrica da empresa em Camaçari-BA, operando de 1983 a 2020. O programa de recomposição ambiental da mina, iniciado em 1989, é considerado um modelo pelo Ibama para a mineração de superfície em areias.

O programa de recomposição ambiental da Tronox é um projeto contínuo que vai até 2028, com o objetivo de restaurar 100% da área minerada. A iniciativa começa imediatamente após a lavra, quando a draga responsável pela mineração também reconstitui o relevo das dunas. Em seguida, ocorre a reposição do solo orgânico, o plantio de espécies nativas e a reintrodução da fauna. A recuperação completa da área leva de 10 a 12 anos, retornando às condições pré-mineração.

Até o momento, a Tronox plantou mais de 2,2 milhões de mudas de 267 espécies nativas na Mina do Guajú, incluindo Caraúba, Angelim, Imbiridiba, Ipês, Pau-brasil e Peroba. Além disso, foram reintroduzidas 1.889 espécies de animais, incluindo aves, mamíferos e répteis. O engenheiro Virgílio Gadelha, responsável pelo programa, destaca que o objetivo não é apenas reflorestar, mas também reestabelecer a função ecológica da área.

O programa também promoveu o engajamento da comunidade local, oferecendo educação ambiental e gerando renda para pequenos produtores rurais que fornecem mudas para o reflorestamento. Damião Cosmo, morador de Mataraca, é um dos beneficiados pelo projeto, expressando orgulho em contribuir para a preservação ambiental.

Como parte de seu legado, a Tronox instalou um parque de energia fotovoltaica em Mataraca, com 1.771 placas e capacidade para gerar 1.018,05 kWp de energia. Este investimento de R$ 3,1 milhões deve gerar economia de quase R$ 200 mil por mês para o município, fornecendo energia limpa por até 20 anos.

O sucesso do programa de recomposição ambiental atraiu o interesse de pesquisadores universitários. A área da mina serve como um laboratório para estudos, tendo originado 10 teses de mestrado, seis de doutorado e 30 artigos e relatórios. Entre as descobertas está a identificação de um grupo de macacos que se pensava extinto na região.

A Mina do Guajú é reconhecida nacionalmente pelo seu programa de recomposição ambiental. A energia utilizada na operação era proveniente de fontes renováveis, como energia eólica e biomassa. A mina também reutilizou mais de 92% da água consumida no processo, demonstrando seu compromisso com a sustentabilidade.

A Tronox continua a ser um exemplo de gestão ambiental responsável, não apenas na recomposição de áreas mineradas, mas também no engajamento comunitário e na promoção de práticas sustentáveis.