Tronox planta mais de 2,2 milhões de mudas nativas no Nordeste
Ação faz parte do programa de recomposição ambiental da Mina do Guajú, na Paraíba
Fotos: Tronox/Divulgação
A Tronox Pigmentos do Brasil está liderando um importante esforço de recomposição ambiental na Paraíba, após o encerramento das operações da Mina do Guajú. Localizada em Mataraca, a mina foi uma das principais fontes de minério de titânio (ilmenita) para a fábrica da empresa em Camaçari-BA, operando de 1983 a 2020. O programa de recomposição ambiental da mina, iniciado em 1989, é considerado um modelo pelo Ibama para a mineração de superfície em areias.
O programa de recomposição ambiental da Tronox é um projeto contínuo que vai até 2028, com o objetivo de restaurar 100% da área minerada. A iniciativa começa imediatamente após a lavra, quando a draga responsável pela mineração também reconstitui o relevo das dunas. Em seguida, ocorre a reposição do solo orgânico, o plantio de espécies nativas e a reintrodução da fauna. A recuperação completa da área leva de 10 a 12 anos, retornando às condições pré-mineração.
Até o momento, a Tronox plantou mais de 2,2 milhões de mudas de 267 espécies nativas na Mina do Guajú, incluindo Caraúba, Angelim, Imbiridiba, Ipês, Pau-brasil e Peroba. Além disso, foram reintroduzidas 1.889 espécies de animais, incluindo aves, mamíferos e répteis. O engenheiro Virgílio Gadelha, responsável pelo programa, destaca que o objetivo não é apenas reflorestar, mas também reestabelecer a função ecológica da área.
O programa também promoveu o engajamento da comunidade local, oferecendo educação ambiental e gerando renda para pequenos produtores rurais que fornecem mudas para o reflorestamento. Damião Cosmo, morador de Mataraca, é um dos beneficiados pelo projeto, expressando orgulho em contribuir para a preservação ambiental.
Como parte de seu legado, a Tronox instalou um parque de energia fotovoltaica em Mataraca, com 1.771 placas e capacidade para gerar 1.018,05 kWp de energia. Este investimento de R$ 3,1 milhões deve gerar economia de quase R$ 200 mil por mês para o município, fornecendo energia limpa por até 20 anos.
O sucesso do programa de recomposição ambiental atraiu o interesse de pesquisadores universitários. A área da mina serve como um laboratório para estudos, tendo originado 10 teses de mestrado, seis de doutorado e 30 artigos e relatórios. Entre as descobertas está a identificação de um grupo de macacos que se pensava extinto na região.
A Mina do Guajú é reconhecida nacionalmente pelo seu programa de recomposição ambiental. A energia utilizada na operação era proveniente de fontes renováveis, como energia eólica e biomassa. A mina também reutilizou mais de 92% da água consumida no processo, demonstrando seu compromisso com a sustentabilidade.
A Tronox continua a ser um exemplo de gestão ambiental responsável, não apenas na recomposição de áreas mineradas, mas também no engajamento comunitário e na promoção de práticas sustentáveis.