Sustentabilidade

Sustentart 2025 movimenta Salvador com literatura, arte e música em diálogo com a sustentabilidade

Sustentart 2025 movimenta Salvador com literatura, arte e música em diálogo com a sustentabilidade
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

03/10/2025 6:47pm

Fotos: Sidney Haack

Salvador recebeu a edição 2025 do Sustentart – Literatura Sustentável, que movimentou o Palacete Tira-Chapéu com uma programação diversa dedicada à literatura, às artes visuais e à música, sempre em diálogo com a sustentabilidade e a diversidade cultural. O evento, de acesso gratuito e irrestrito, reuniu mais de 5 mil pessoas e se consolidou como um espaço de democratização da arte e da cultura.

Realizado em paralelo ao 3º Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade, o Sustentart promoveu a aproximação entre o público cultural e o jurídico, garantindo ainda acessibilidade plena, com intérpretes de libras, mapas táteis, infraestrutura adequada e assistentes especializados. A iniciativa também gerou 100 empregos temporários diretos e indiretos.

Na literatura, duas mesas deram o tom dos debates. A abertura trouxe a discussão “Literatura e desenvolvimento”, mediada pelo escritor Mateus Torres, que contou com Flávia Goulart, ex-diretora da Edufba e referência nacional em políticas de leitura, e Ian Fraser, premiado escritor e dramaturgo baiano. Já o segundo encontro, “Por que e para quem escrever?”, reuniu a sambadeira e escritora Any Manuela de Freitas e a psicanalista e escritora Mali Fernandes, com mediação de Mateus Torres.

Três exposições artísticas também encantaram o público: a mostra de arte em madeira de Cachoeira, com mestres como Doidão Bahia e Mestre Biu ao lado de jovens da tradição cachoeirana; a exposição Viva Saveiro, que apresentou miniaturas, audiovisual e a presença de mestres construtores e navegadores; e a fotografia de Gustavo Góes, Guto Barros e Gustavo Giarola, com 13 obras inspiradas na natureza e nas manifestações culturais da Bahia.

Na música, o primeiro dia contou com apresentações de Evandro Botti (Vandex) e Aderbal Duarte, que mesclaram bossa nova, clássicos da MPB e canções autorais. No segundo dia, o Trio Mou Brasil trouxe uma sonoridade instrumental com incursões pelo jazz e blues, recebendo também a participação especial de Vandex.