Sustentabilidade

Pioneiro em Regata Lixo Zero do país, Saveiro Clube da Bahia fortalece ações de sustentabilidade na 46ª Regata da Primavera

Pioneiro em Regata Lixo Zero do país, Saveiro Clube da Bahia fortalece ações de sustentabilidade na 46ª Regata da Primavera
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

06/10/2023 3:20pm

A Regata da Primavera do Saveiro Clube da Bahia chega a sua 46ª edição marcada pelo sucesso no mar e na terra. Em 2022, a regata se consolidou como pioneira Regata Lixo do país com a adoção de práticas sustentáveis e ações educacionais e culturais de conscientização ambiental à comunidade baiana, especialmente aos moradores de Itaparica, por meio da parceria com o Movimento Mulheres no Timão, formado pelas empresas Vegah Ecossistêmica e pela Compostar. Munido de cooperação e união de propósitos, o movimento, mais uma vez, cumprirá uma rica agenda ecossistêmica com a participação ativa de marisqueiras, pescadores, professores, estudantes, ambulantes, comerciantes, artesãos e artistas da região. Entre as novidades desta edição, tem a parceria feita pelo Saveiro com a Eco Garopaba, para a confecção de pranchas de surf e stand up paddle com garrafas Pet, em oficina com estudantes do município.
Idealizado por Jacqueline Moreno, o projeto Mulheres no Timão busca trazer o sentimento de pertencimento e protagonismo cidadão na preservação dos mares e oceanos por meio da cooperação feminina. “Quando promovemos o desenvolvimento sustentável de comunidades, impulsionamos autonomia e autoestima, deixando o legado do turismo com responsabilidade socioambiental e econômica. O Saveiro Clube da Bahia, sob a gestão do Comodoro Fernando Neves e do diretor de eventos Jorge Vitta, deu um passo importante e sem retorno. O desenvolvimento sustentável é o caminho inclusivo que respeita a natureza humana e a natureza maior, com responsabilidade socioambiental e alinhamento aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas) para 2030”, destaca Jacqueline.  


A 46ª edição da Regata da Primavera trará uma programação sustentável diversificada. “Acontecerão ações em terra firme, um dia antes da regata e no dia do evento. As oficinas de educação Ecossistêmica nas salas de aula, nas escolas e ao ar livre vão impactar diretamente 90 crianças, incluindo comerciantes, ambulantes, artesãos, pescadores, marisqueiras, professores e gestores municipais. Além disso, também acontecerá compostagem, limpeza do manguezal, oficina de prancha ecológica e conceito lixo zero em todas as ações. Esse é um exemplo replicável para o mundo e assim com os mares e oceanos, somos sem fronteiras e queremos alcançar águas internacionais”, ressalta Jacqueline.
Com o objetivo de conscientizar crianças e jovens de Itaparica de forma lúdica sobre as consequências que o lixo traz ao nosso planeta, o Saveiro Clube da Bahia fechou parceria com a Ong Eco Garopaba, criada há dez anos por Jairo Lumertz e Carolina Scorsin, e que juntos promovem atividades de conscientização em todo o país através do projeto Prancha Ecológica. A dupla já palestrou para mais de 60 mil crianças, visitaram 17 estados do país e retiraram mais de 30 mil garrafas plásticas que estavam poluindo o meio ambiente e foram transformadas em pranchas de stand up, surf e bodyboard, incluindo itens adaptados a pessoas com deficiência física.

“A prancha se torna uma ferramenta para falar sobre os problemas que o lixo vem causando em nosso planeta. Incentivamos o esporte, a preservação da natureza e, ainda, capacitamos multiplicadores para dar continuidade ao projeto. Em Itaparica, faremos uma palestra de educação ambiental e incentivo ao esporte. Na oficina, vamos ensinar a fazer a prancha e vamos colocar algumas crianças para testá-la”, conta Carolina.

Legado ecossistêmico
A expectativa do Saveiro Clube da Bahia para esta edição da regata é fortalecer ainda mais o legado ecossistêmico deixado pelo evento. Assim como aconteceu na edição do ano passado, a oficina de compostagem, com Joana Kalid, da Compostar, levará o conceito de reciclagem do orgânico aos alunos da rede municipal. “A ideia é que eles aprendam a importância de descentralizar o envio de matéria orgânica pelo serviço de coleta urbana, os impactos positivos dessa mudança de hábito e que ainda possam gerar um adubo riquíssimo em casa para ser aproveitado em algum plantio”, explica Joana.


Após limpeza da praia e triagem dos materiais com a Cooptres (Cooperativa de Trabalho Com Resíduos Sólidos da Ilha de Itaparica), será dada a destinação correta para os recicláveis e rejeitos. “Nesse momento, chamaremos a atenção para o descarte incorreto, poluição plástica nos mares e oceanos e, principalmente, para o uso de plástico único que é o material mais encontrado. Canudos, talheres, pratos de isopor, copo plástico. Esses materiais, inclusive, têm dificílima absorção na cadeia de reciclagem, quase sempre se tornando rejeito”, pontua.