Mais de 18 toneladas de máscaras e outros resíduos infectantes foram reaproveitados no Salvador Bahia Airport
Terminal é aterro zero desde 2020 e foi o primeiro no Brasil a recuperar todos os seus resíduos
Com o advento da pandemia de Covid-19, máscaras, luvas, lenços desinfetantes, e outros produtos descartáveis passaram a fazer parte da rotina dos brasileiros. Em 2020, somente no Salvador Bahia Airport, integrante da rede VINCI Airports, mais de 18 toneladas de resíduos infectantes – categoria que inclui os itens listados acima – foram descartadas. Todo esse volume, ao contrário do que muitos pensam, não foi para o aterro sanitário, mas sim reaproveitado como combustível para fornos de cimento.
Os resíduos infectantes são que apresentem risco potencial ou efetivo à saúde pública e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos com características de virulência, patogenicidade ou concentração. No Salvador Bahia Airport essa lista é composta pelos resíduos de banheiro de aeronaves, produtos apreendidos pela VIGIAGRO na chegada de voos internacionais, animais mortos e resíduos supostamente contaminados pela Covid-19 como luvas, máscaras e aventais. A pandemia fez esse volume crescer 12,8% em 2020 em relação a 2019, mesmo com a temporária redução no total de voos.
“Após o descarte pelo passageiro ou outro usuário do aeroporto, esse tipo de resíduo é coletado e armazenado separadamente dos outros até sua destinação final. Contratamos uma empresa legalizada e licenciada que encaminha esse material para um tratamento chamado de autoclavagem (tratamento térmico que consiste em manter o material contaminado a uma temperatura elevada durante um período suficiente para destruir todos os agentes patogênicos). Depois, esse resíduo é enviado para reaproveitamento em fornos de cimento através da técnica de coprocessamento, que é uma destinação adequada e sustentável de resíduos”, detalha Alessandra Reis, Coordenadora de Meio Ambiente do Salvador Bahia Airport.
Tudo se aproveita
Ao reciclar ou reinserir de alguma forma no sistema produzidos os resíduos, essa iniciativa reflete o compromisso do Salvador Bahia Airport – assim como os de todos os outros membros da rede VINCI Airports – com a economia circular.
Ela está alinhada com uma das metas da política ambiental da rede VINCI Airports – a Air Pact - que é justamente a não destinação de resíduos a aterro sanitário. De acordo com o compromisso do Grupo, todos os seus aeroportos devem ser aterro zero até 2030. O Salvador Bahia Airport alcançou essa meta no começo de 2020, apenas dois anos após a VINCI Airports assumir sua operação.
AirPact
A AirPact é a política ambiental global da rede VINCI Airports. Ela estabelece metas sustentáveis ambiciosas para todos seus aeroportos e que devem ser atingidas até 2030. Além do objetivo da não dispensação de resíduos em aterros, a política prevê ainda: reduzir em 50% o consumo de água, eliminar o uso de pesticidas e reduzir a pegada de carbono pela metade. Para atingir essa última conquista, o Aeroporto de Salvador já substituiu as lâmpadas convencionais por LED, instalou uma usina solar (a primeira do Brasil em um aeródromo) e substituiu equipamentos de refrigeração por outros mais eficientes, conquistando a certificação ACA (Airport Carbon Accreditation) nível 2 em 2019.