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Hoje é o Dia da Consciência Negra: conheça o nome de mulheres negras que marcaram a nossa história

Hoje é o Dia da Consciência Negra: conheça o nome de mulheres negras que marcaram a nossa história
Da Redação

Da Redação

20/11/2021 11:10am

Hoje, 20 de Novembro, é o Dia Nacional da Consciência Negra, data instituída oficialmente a 10 anos, esse dia marca a luta de milhares de homens e mulheres e de toda uma sociedade para alcançar a igualdade racial. Pensando nisso, fizemos uma lista com o nome de algumas mulheres negras que marcaram e fizeram a história do país, confira:


Dandara

Ao lado do também celebrado em 20 de Novembro, Zumbi dos Palmares, Dandara lutou contra a escravidão. Com sua força, conhecimento em capoeira e resistência lutou e montou estratégias, liderando vários homens e mulheres escravizados contra os ataques aos quilombos, teve três filhos, os quais teve que deixar após ser presa e então cometer suicidio por preferir a morte a voltar a ser escrava. 


Chica da Silva

Francisca da Silva de Oliveira, ou simplesmente Chica da Silva, foi uma mulher escravizada que conquistou sua alforria na idade adulta, prosperou e exerceu grande influência no arraial do Tijuco, hoje Diamantina, pela sua relação com o contratador de Diamantes João Fernandes de Oliveira, a qual vivia em igualdade e se tornou uma das mulheres mais ricas do Brasil Colônia, inspirando um filme e uma novela com a sua história. 


Esperança Garcia 

Uma mulher negra e escravizada de 1770 é hoje reconhecida como a primeira advogada do estado do Piauí. Esperança Garcia ganhou essa honraria por ter escrito, em uma época que dificilmente mulheres sabiam escrever, muito menos uma mulher em situação de escravidão, uma petição ao Governador da Capitania denunciando a violência que seus filhos e companheiras sofriam e exigindo providencias, se tornando um dos primeiros documentos de direito que se tem notícia. O dia em que escreveu sua carta, 06 de Setembro, marca o Dia Estadual da Consciência Negra no Piauí. 


Maria Firmina dos Reis

Primeira romancista negra do país, sendo também pioneira na crítica antiescravista na literatura brasileira, Maria Firmina lançou em 1860 o livro “Úrsula”. Romance onde da voz, nobreza e gentileza a personagens negros. Além disso, Maria foi a primeira mulher no estado do Maranhão a ser aprovada em um concurso público, alcançando assim também a independência financeira, algo incomum para as mulheres da época. Assim, como professora, conseguiu o respeito para lançar seu romance. 


Carolina Maria de Jesus

100 anos depois de Firmina, em 1960, Carolina de Jesus alcançava 40 países com o seu livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, ela foi uma escritora, compositora e poetisa negra, uma das primeiras e consideradas uma das escritoras mais importantes do país. 


Maria Odília Teixeira 

É de conhecimento geral que a primeira faculdade de medicina fica localizada aqui, em Salvador, e ainda está lá no bairro histórico do Pelourinho, mas a curiosidade é sobre Maria Odília, a primeira mulher negra a se tornar médica no país, sendo a única mulher em uma turma de 47 colegas homens. E não parando por aí, se tornou depois a primeira professora negra da Faculdade de Medicina da Bahia. 


Dona Ivone Lara

Conhecida nacionalmente junta a sua composição e cantoria em “Sonho Meu”, Dona Ivone veio a falecer em 2018, e hoje ganhou uma estátua em sua homenagem no Rio de Janeiro, local onde nasceu e se tornou a primeira mulher a escrever um samba-enredo, considerada a Rainha do Samba, foi a primeira a fazer parte da ala de compositores de uma escola, sendo esta a Império Serrano. 


Melânia Luz

Primeira mulher negra a defender o Brasil em uma olimpíada. As olimpíadas de 48 em Londres foi um momento histórico, pós-guerra, e com a inovação dos aviões, o país levava uma delegação de 81 participantes, onde apenas 11 eram mulheres, e entre elas estava Melânia Luz, velocista. 


Sônia Guimarães

A campanha Mulheres na Ciência é algo que vem crescendo para inspirar jovens meninas a áreas pouco incentivadas para mulheres, e é nessa área que se destaca Sônia primeira brasileira negra doutoranda em física, pela University of Manchester Institute of Science and Technology, e não somente isso, como também a primeira  mulher negra brasileira a lecionar no ITA. Ingressou em 1993, quando as mulheres não eram aceitas nem como estudantes. 


Antonieta de Barros

Acredita mais que tudo no poder da educação, Antonieta foi a responsável pela criação do “Dia do Professor”, ela que era professora e fundou uma turma de alfabetização para adultos, foi também a primeira mulher negra eleita na política brasileira, se tornando deputada Estadual em Santa Catarina, sendo um marco para todas as mulheres que ainda eram silenciadas na época. “A grandeza da vida, a magnitude da vida, gira em torno da educação”, escreveu ela em seu livro. 

Podemos ver que as mulheres, em destaque as mulheres negras, merecem estar sob os holofotes da história do nosso país. A Lets Go relembra alguns desses nomes em homenagem a todas.