Surto de Mpox é declarado emergência de saúde global pela OMS

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Nesta quarta-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de mpox em curso na África como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, destacando a gravidade da situação. A decisão foi tomada após uma reunião do comitê de emergência da OMS, que avaliou a ameaça representada pelo clado Ib, uma cepa mais mortal do vírus, que se espalhou por quatro províncias africanas anteriormente não afetadas.

O Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou a medida, que é o mais alto nível de alerta previsto no direito internacional de saúde. Este status, conhecido como PHEIC, é reservado para "eventos extraordinários" que representam riscos significativos para a saúde pública global e que demandam uma resposta internacional coordenada.

A situação na África é alarmante: mais de 17.000 casos de mpox e mais de 500 mortes foram registradas em 13 países desde o início do ano, conforme dados do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças. A maior parte dos casos está concentrada na República Democrática do Congo, que contabiliza 96% das infecções confirmadas.

A mpox, anteriormente chamada de varíola dos macacos, é uma doença viral altamente contagiosa que pode ser transmitida entre pessoas e animais infectados, através de contato próximo ou por meio de objetos contaminados. Os sintomas incluem febre, erupções cutâneas dolorosas, dores musculares e fadiga, entre outros.

Embora a mpox fosse historicamente restrita à África Central e Ocidental, em 2022, a doença começou a se espalhar pela Europa e América do Norte, levando a OMS a declarar uma emergência global que foi encerrada em maio de 2023. A nova emergência surge em um contexto de preocupação com a disseminação do clado Ib, que é mais transmissível e severo.

A OMS já está organizando esforços internacionais para conter o surto, incluindo a implementação de vacinas e a alocação de fundos emergenciais. As autoridades reiteram a importância da cooperação global para enfrentar o surto de forma eficaz e evitar uma crise sanitária ainda maior.