Dr. Raymundo Paraná é destaque da Sessão Aspas na edição 68 da Let’s Go Bahia
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Em quadros avançados, abordagem paliativa busca aliviar sintomas e melhorar a rotina de quem convive com a síndrome
Crédito da imagem: Divulgação Clínica Florence
A insuficiência cardíaca é hoje um dos principais desafios enfrentados pela saúde pública brasileira. A doença, que compromete a capacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente, registra mais de 200 mil internações anuais no país, com o Nordeste concentrando 22,8% dos casos só em 2024. O cenário, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, é ainda mais alarmante quando se observa o número de óbitos: mais de 80 mil entre 2018 e 2021.
Com a meta de frear o avanço da doença e mitigar seus impactos, a reabilitação cardiovascular tem se mostrado uma ferramenta importante para promover mais funcionalidade, reduzir hospitalizações e garantir mais qualidade de vida. A médica Yanne Amorim, coordenadora de cuidados de uma unidade especializada em Salvador, explica que o trabalho é multidisciplinar e adaptado às necessidades de cada paciente. “A reabilitação contribui para a redução da fadiga, melhora na respiração e ganho de autonomia nas atividades diárias”, afirma.
Fisioterapia, nutrição, assistência psicossocial, enfermagem e acompanhamento médico integram esse processo, que vai além do físico. Em muitos casos, o suporte emocional tem papel decisivo na adesão ao tratamento. A especialista destaca também a importância da participação da família, que pode atuar como apoio constante, inclusive em regimes de cuidados paliativos.
A reabilitação paliativa, por sua vez, é indicada especialmente em casos mais graves da insuficiência cardíaca — quando há sintomas persistentes como falta de ar, inchaços e dor mesmo com tratamento medicamentoso otimizado. Nesses casos, o objetivo é aliviar o sofrimento, oferecer conforto e preservar a dignidade do paciente, com foco na melhora da percepção funcional e do bem-estar.
O diagnóstico precoce é essencial, já que muitos pacientes só buscam ajuda em estágios avançados da doença. Sintomas como fadiga, edema nas pernas e pés, tosse, tonturas e taquicardia devem acender o sinal de alerta. Pessoas com hipertensão, diabetes e doenças renais crônicas fazem parte do grupo de risco e devem manter o acompanhamento regular da saúde cardíaca.
A reabilitação, seja convencional ou paliativa, amplia possibilidades de cuidado e humaniza a jornada de quem convive com uma condição crônica. Ao olhar para o paciente de forma integral, o tratamento deixa de ser apenas clínico e passa a ser também um espaço de acolhimento e transformação.
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