Saúde

Nova descoberta sobre o Alzheimer: Cientistas identificam possível causa inicial da doença

Nova descoberta sobre o Alzheimer: Cientistas identificam possível causa inicial da doença
Da Redação

Da Redação

16/02/2025 12:30pm

Fotos: Freepik e Shutterstock

Pesquisadores do Instituto de Biodesign da Universidade Estadual do Arizona, nos Estados Unidos, apresentaram uma nova hipótese sobre a origem da doença de Alzheimer. Tradicionalmente, acredita-se que o acúmulo de proteínas tóxicas, como placas amiloides e emaranhados de proteína tau, seja a principal causa da doença. No entanto, o estudo recente sugere que o início do Alzheimer pode ocorrer antes desse acúmulo, envolvendo grânulos de estresse celular.

Esses grânulos são aglomerados de proteínas e RNA que se formam em resposta ao estresse oxidativo. Em condições normais, eles ajudam a proteger as células, dissolvendo-se quando o estresse diminui. Contudo, no contexto do Alzheimer, esses grânulos persistem, interrompendo a comunicação entre o núcleo e o citoplasma das células. Essa interrupção afeta mais de mil genes, alterando a expressão genética e prejudicando funções essenciais, como o metabolismo e a sobrevivência celular. Essa nova perspectiva foi detalhada em um estudo publicado na revista Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association. (Fonte: Catraca Livre)

O líder da pesquisa, neurocientista Paul Coleman, destaca que essa descoberta oferece uma estrutura plausível para entender os mecanismos iniciais do Alzheimer. Segundo ele, ao focar na quebra da comunicação entre o núcleo e o citoplasma, é possível compreender melhor as disrupções massivas na expressão gênica que impulsionam essa doença complexa. Estudar essas manifestações iniciais pode abrir caminho para abordagens inovadoras de diagnóstico, tratamento e prevenção, abordando a doença em suas raízes. (Fonte: O Globo)

Possíveis causas do Alzheimer segundo a nova pesquisa

Os pesquisadores apontam que diversos fatores podem contribuir para o estresse celular e levar ao desenvolvimento da doença, incluindo:

    •    Grânulos de estresse celular persistentes – Aglomerações de proteínas e RNA que não se dissolvem após o estresse oxidativo, afetando a comunicação celular.

    •    Alteração na comunicação entre o núcleo e o citoplasma – Interrupção que afeta mais de mil genes, alterando a expressão genética e prejudicando funções celulares essenciais.

    •    Mutações genéticas – Variantes genéticas que podem aumentar a vulnerabilidade ao desenvolvimento da doença.

    •    Inflamação cerebral – Respostas inflamatórias que contribuem para danos neuronais e agravamento da doença.

    •    Ação de vírus – Infecções virais podem estar relacionadas a processos neurodegenerativos.

    •    Poluição do ar – Exposição prolongada a partículas poluentes pode acelerar o declínio cognitivo.

    •    Exposição a agrotóxicos – Substâncias químicas utilizadas na agricultura podem aumentar o risco de neurodegeneração.

A pesquisa reforça a necessidade de mais estudos para confirmar essas hipóteses e desenvolver estratégias eficazes para prevenir e tratar a doença. A comunidade científica permanece otimista de que, com o avanço dos estudos, será possível encontrar abordagens terapêuticas mais eficazes para essa condição neurodegenerativa.