Especialista explica relação entre o uso dos contraceptivos hormonais e a diminuição do desejo sexual nas mulheres
Segundo o ginecologista da Clínica Elsimar Coutinho, Luiz Carlos Calmon, o tratamento hormonal à base de testosterona ajuda a corrigir essa disfunção
A utilização de contraceptivos hormonais ainda é vista, por algumas mulheres, como um grande dilema. Isso porque, o seu uso já foi associado a fatores que mexem com a autoestima e o psicológico da mulher, tais como: o ganho de peso, aparecimento de celulites e acnes, e, sobretudo, a diminuição da libido. De acordo com o ginecologista da Clínica Elsimar Coutinho, Luiz Carlos Calmon, a falta do desejo sexual acontece devido ao bloqueio do principal hormônio estimulante do sexo, a testosterona. "Esses remédios por impossibilitarem a ovulação e fertilidade, também atrapalham a produção desse hormônio, que, diferente do homem, a mulher tem apenas o suficiente para uma boa resposta sexual, desde que bem estimulada. As que já possuem uma taxa baixa ou mediana, sentem, com a queda da testosterona, uma enorme diferença na hora do sexo”, explica.
Conforme o Dr. Carlos, quase todos os métodos hormonais, por bloquearem a ovulação podem interferir no desejo sexual da mulher. Visto que existem aqueles que são derivados da testosterona, como por exemplo, a gestrinona. “ O método mais antigo de uso desse hormônio são os implantes. Nós observamos nas pacientes que utilizam este contraceptivo uma resposta sexual melhorada”, relata o especialista. Sendo assim, esta disfunção pode ser corrigida através do tratamento hormonal à base da testosterona, que, por ser bioidêntico às moléculas deste hormônio no corpo das mulheres, é o mais indicado para esta finalidade.
Os anticoncepcionais com hormônios são considerados os mais seguros e podem trazer muitos benefícios à saúde feminina. O Dr. Carlos avalia como positivo os efeitos colaterais do uso contínuo desses tipos de medicamentos no organismo da mulher, uma vez que, diminuem o risco de câncer de ovário, da doença inflamatória pélvica, evitam as cólicas menstruais, controlam o desenvolvimento de doenças como a endometriose e miomas uterinos, além de darem uma certa estabilidade de humor na maioria das usuárias. “Não há limite para o uso de contraceptivos hormonais. Exceto, se ocorrer alguma situação que indique sua interrupção, como uma trombose arterial ou venosa, ou ainda alguns tipos de cânceres. Fora isso, o uso pode ser feito até que elas venham a não precisar mais deles”, diz.
Embora os remédios anticoncepcionais com hormônios possam afetar a disposição sexual da mulher, existem também outros fatores que contribuem para essa perda da líbido, a questão emocional é uma delas . “A mulher é muito influenciada pelo meio e momento em que vive: filhos, trabalho, estresse e a própria pandemia, que levou muita gente a usar antidepressivo e outras drogas, tudo isso, em uma pessoa que já apresenta uma baixa testosterona, como as mulheres, causa a perda do desejo sexual”, comenta.
SOBRE A CEC
Criada pelo médico e cientista baiano Elsimar Metzker Coutinho, a Clínica que leva o seu nome atua há mais de cinco décadas no atendimento das necessidades endócrinas de jovens, adultos e idosos, através da reposição hormonal fisiológica. Com atuação na Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, os atendimentos são feitos por uma equipe multidisciplinar que utiliza a endocrinologia, ginecologia, andrologia e fertilidade com uso individualizado de hormônios naturais e sintéticos para a prevenção de doenças, preservação da fertilidade e o controle da natalidade. Hoje, as unidades seguem mantendo vivo o legado do seu fundador, a partir do corpo clínico que teve convivência direta com o cientista. O Dr. Elsimar foi pioneiro em sua área de atuação e suas diversas conquistas científicas seguem sendo utilizadas internacionalmente para trazerem maior qualidade de vida, sobretudo às mulheres.
Por Tainara de Carvalho - Executiva de Atendimento
TEXTO & CIA