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No dia 26 de março, é celebrado o Dia Mundial da Prevenção do Câncer de Colo do Útero, data dedicada à conscientização sobre a doença, que é o quarto tipo de câncer mais comum entre mulheres em todo o mundo, segundo um estudo publicado pela revista científica Current Oncology em janeiro de 2024.
Em 99,7% dos casos, a principal causa da doença é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), transmitido pelo contato direto da pele genital, incluindo relações sexuais vaginais, orais e anais. Embora 80% das mulheres sejam expostas ao vírus ao longo da vida, a maioria dos tipos de HPV não leva ao câncer.
A médica especialista em Reprodução Humana, Dra. Wendy Delmondes, explica que cerca de 37% dos diagnósticos ocorrem em mulheres entre 35 e 44 anos, período em que muitas ainda desejam engravidar. Como o tratamento pode comprometer a fertilidade, a preocupação com a maternidade é recorrente entre as pacientes.
"Quando há risco de infertilidade, é essencial um aconselhamento detalhado sobre as opções de preservação da fertilidade. O congelamento de óvulos é uma alternativa que permite às pacientes seguir com o tratamento oncológico sem abrir mão do desejo de ter filhos. Com o suporte da reprodução assistida, elas podem engravidar futuramente por meio da fertilização in vitro (FIV) ou, se necessário, recorrer à cessão temporária de útero ('barriga de aluguel')", afirma a especialista.
Estudos apontam que cerca de 25% das mulheres que realizam a estimulação ovariana e o congelamento de óvulos retornam à clínica para utilizá-los em um período médio de 36 meses.