Saúde

Após alerta da OMS, especialista afirma que nova variante da gripe já deve circular na Bahia

Após alerta da OMS, especialista afirma que nova variante da gripe já deve circular na Bahia
Da Redação

Da Redação

17/12/2025 1:05pm

Foto: Freepik

O alerta emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o avanço de uma nova variante do vírus Influenza acendeu o sinal de atenção entre autoridades sanitárias e especialistas. Mutações recentes do Influenza A (H3N2), classificadas como subclado K (J.2.4.1), têm provocado quadros mais intensos da doença, popularmente chamada de “super gripe” em razão da gravidade dos sintomas observados.

A variante já foi identificada em países da América do Norte, Europa e Ásia. No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou a detecção do subclado K da Influenza A (H3N2) em amostras analisadas no estado do Pará. A informação consta no Informe de Vigilância das Síndromes Gripais, referente à Semana Epidemiológica 49, divulgado no dia 12 de dezembro. O documento também registra a circulação do subclado J.2.4 do mesmo vírus.

Para o virologista Gúbio Soares, a presença da nova variante em outros estados brasileiros é provável, inclusive na Bahia. Segundo o especialista, o comportamento clínico observado em pacientes reforça a suspeita de disseminação. “Estamos vendo casos de pessoas com sintomas gripais muito fortes, que ficam de cama, com dores intensas e pouca resposta aos medicamentos usuais. Isso indica que o vírus está circulando”, afirma.

De acordo com o virologista, o cenário internacional contribui para o alerta. Países da Europa registram aumento de internações associadas à Influenza, com circulação simultânea de diferentes cepas do vírus. Embora o avanço da doença coincida com o inverno no hemisfério Norte, período historicamente marcado por maior incidência de infecções respiratórias, o risco permanece elevado no Brasil, especialmente com a chegada das festas de fim de ano, quando aumentam as aglomerações.

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) reforçou a importância da vacinação contra a gripe, sobretudo para idosos, gestantes, pessoas com doenças crônicas e outros grupos de risco. Segundo a entidade, a imunização é fundamental para reduzir o risco de complicações graves e aliviar a pressão sobre os serviços hospitalares.

Entre os principais sintomas associados à doença estão febre alta no início do contágio, inflamação na garganta, calafrios, perda de apetite, irritação nos olhos, vômito, dores articulares, tosse, mal-estar e diarreia. Enquanto a variante H1N1 costuma provocar quadros gripais mais típicos e, em geral, menos intensos, os pacientes infectados com o H3N2 apresentam sintomas mais fortes e cansaço prolongado, com recuperação mais lenta, mesmo com o uso de medicamentos.

O tratamento da gripe segue baseado em repouso, hidratação adequada e uso de medicamentos, quando indicados por profissionais de saúde. Especialistas reforçam que, diante do agravamento dos sintomas, a orientação é procurar atendimento médico.