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Conheça mais sobre o novo presidente dos EUA, Joe Biden

O democrata também é o presidente mais velho a ser eleito

Conheça mais sobre o novo presidente dos EUA, Joe Biden
World Review Magazine

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14/11/2020 11:15am

Eleito o 46º presidente dos Estados Unidos da América em 2020, Joe Biden já tem uma longa trajetória na política. Vice-presidente do governo Obama, ele foi senador durante 6 anos seguidos. Sendo o presidente eleito mais velho da história norte-americana, Biden tem um longo histórico acadêmico. Graduado na universidade de Delaware em História e Ciências Políticas, foi logo em seguida aceito na Universidade de Syracuse em Advocacia, filiando-se ao partido democrata, no qual foi eleito. 

Porém, a história de vida do democrata eleito não foi nada fácil. Nascido na Pensilvânia, tinha problemas na fala quando jovem e por ser gago precisava memorizar e recitar poesias para melhorar a dicção. Em 1966 se casou com a namorada da faculdade, Neila Hunter e em 1972, já com três filhos, foi eleito Senador,  ganhando projeção nacional. Ainda em 1972, um acidente de carro levou à morte de sua filha e esposa, deixando dois filhos gravemente feridos, situação que marcou a trajetória do democrata. 

Biden tentou se tornar candidato a presidente pelo Partido Democrata em 2008, entretanto, por conta de poucos votos nas primárias, desistiu. Em seguida, Obama o procurou para convidá-lo para ser vice-presidente, cargo que exerceu ao longo de dois mandatos, entre 2008 e 2016. Em 2009, seu segundo filho Beau foi condecorado pelo exército americano, mas a descoberta de um tumor no cérebro o levou a falecer anos depois. 

Diante de uma vida política e pessoal cheia de obstáculos, Biden não teve somente maus momentos. Em 1977, cinco anos após o falecimento da sua primeira esposa, Joe Biden se casou com Jill. A primeira-dama é bacharel pela Universidade de Delaware, mestre pela West Chester University e pela Villanova University, e doutora pela Universidade de Delaware. Como professora, ela ensinou inglês em escolas do ensino médio por 13 anos e desde 2009 atua como professora na Northern Virginia Community College.

Plano de governo e os principais objetivos do Governo Biden 

Durante a sua candidatura, Biden deixou claro alguns pontos que seriam os principais objetivos para sua campanha. Para uma melhor compreensão dos seus planos de governo é necessário analisar cada pauta elaborada e como isso vai impactar a população americana e as relações exteriores dos Estados Unidos. 

A pauta governamental é dividida nas seguintes categorias: clima e energia; coalizões; covid-19; política doméstica; educação; política externa; assistência médica; trabalho e economia; idosos americanos, veteranos e mulheres de famílias militares; mulheres e por fim, jovens americanos. 

Se tratando de clima e energia, um dos principais projetos é o plano para a construção de uma infraestrutura moderna e sustentável e um futuro equitativo de energia limpa, tendo o objetivo de zerar as emissões líquidas até 2050, com investimento estimado em 2 trilhões de dólares.

Para o combate ao covid-19 foram definidas algumas metas: a correção dos problemas de EPI (Equipamento de Proteção Individual); o fornecimento de uma orientação nacional clara baseada em evidências científicas de como as comunidades devem enfrentar a pandemia; proteção aos idosos e demais grupos de risco; distribuição eficaz e equitativa para os tratamentos e vacinas.

Já na política externa, Biden buscará a consolidação da liderança dos Estados Unidos no cenário mundial, através da promoção de segurança, prosperidade e dos valores do país, protegendo o futuro da economia americana e enfrentando os desafios globais urgentes na atualidade, como as mudanças climáticas e o controle da proliferação de armas nucleares. 

Com a assistência médica, ele planeja proteger e desenvolver o “Affordable Care Act”, reduzindo custos para a população e tornando o sistema de saúde menos complexo. Já no quesito da educação, um dos pilares é construir um sistema educacional com investimentos no ensino básico e fundamental, ajudando desde cedo os alunos na construção de um caminho sólido, que vai além do ensino médio.

Na economia, o presidente eleito tem como objetivo promover uma maior inclusão através de um forte plano de recuperação econômica, com a criação de milhares de empregos e o fortalecimento da base industrial e das cadeias de suprimento lideradas por pequenas empresas. 

Desafios da gestão 

Durante a primeira parte da gestão de Joe Biden, um dos principais temas a serem tratados será a COVID-19. A doença ainda vem causando estragos para o país, com seguidos recordes de casos novos, chegando a 200 mil por dia, o que requer um plano urgente de combate à doença.

Outro ponto que está em pauta nos EUA é a questão racial: com os protestos que estouraram após a morte de George Floyd, e a ascensão de movimentos como o Black Lives Matter, o próximo presidente terá um desafio grande para conciliar tais disputas raciais e conduzir a tratativa das pautas na luta contra o racismo, enraizado na sociedade do país. 

No âmbito das relações externas, mesmo com a troca de governo, a China não deixa de ser o tema mais relevante. Enquanto Trump lidava com a situação de maneira bastante agressiva, principalmente por meio de imposição de tarifas e outras medidas protecionistas, Biden pretende conduzir tal enfrentamento com a construção de uma rede de aliados dos EUA, para evitar o que chama de “abusos comerciais” dos chineses. A dificuldade será a de mobilizar esses aliados em blocos, como a União Europeia por exemplo, para que estes se disponham a, de fato, promover um contraponto à China. 

Já quando a questão é econômica, fortes impactos acarretaram em milhões de desempregados e na maior crise econômica no país desde a Segunda Guerra Mundial, crise esta intensificada pela pandemia do covid-19. Para recuperar a economia do país, Biden almeja, primeiramente, estabelecer processos para o controle da pandemia para começar a minimizar os estragos. Outra dificuldade gira em torno do custo de um possível plano de recuperação, que o presidente eleito pensa em buscar por meio de um aumento de impostos. Uma situação que pode dificultar a vida de Joe Biden está no Senado, que só saberá se a sua maioria será republicana ou democrata em janeiro de 2021, após o segundo turno no estado da Geórgia.

Kamala Harris, 46º Vice-presidente dos EUA

A recém-eleita vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, é também a primeira mulher a ocupar o cargo. É filha de acadêmicos imigrantes - uma cientista indiana e um economista jamaicano - e neta de diplomata. No seio familiar, ela e a irmã mais nova, Maya, aprenderam desde cedo os valores de luta pelos direitos civis e direitos humanos. Graduou-se em Ciência Política e Economia pela Universidade de Howard, em Washington, e posteriormente em Direito pela UC Hastings, na Califórnia.

Entre as primeiras mulheres a ocupar os cargos nos quais trabalhou durante anos, Harris foi eleita senadora pelo estado da Califórnia em 2016, em ofício desde 2017. Antes disso, no entanto, foi promotora do distrito de São Francisco e, posteriormente, eleita procuradora-geral da Califórnia, onde nasceu, até integrar o Senado.

Harris havia lançado a sua candidatura para a presidência no início de 2019, mas voltou atrás e saiu da corrida em dezembro do mesmo ano. Em agosto de 2020, foi confirmada como candidata democrata à vice-presidência ao lado de Joe Biden.

Enquanto pleiteava a condição de candidata à presidência pelo Partido Democrata durante as primárias, não hesitou em questionar o seu atual parceiro na Casa Branca, Joe Biden, a respeito do seu histórico no que tange a políticas raciais. Mais especificamente, criticou a oposição de Biden aos ônibus de integração racial em escolas públicas nos anos 1970, ao lado de senadores republicanos. A vice-presidente fazia parte de uma das primeiras turmas criadas para integração na época.

Frente às ebulições seguidas ao assassinato de George Floyd em 2020, esteve presente junto aos protestos na defesa da justiça social. No entanto, a sua conduta enquanto procuradora-geral também foi criticada por aqueles que defendem reformas no sistema penal e não a consideram eficaz no combate à má conduta policial. Grupos envolvidos na luta pelos direitos civis das comunidades LGBT também discutiram a postura de oposição de Harris à garantia de assistência médica para a cirurgia de readequação genital de uma mulher trans cumprindo pena em uma prisão masculina.

De postura moderada e pragmática, Harris não parece o tipo de pessoa facilmente intimidada. Integrante do time de debate quando aluna em Howard, a sua presença, para quem a conhece ou assiste, possui a intensidade característica de uma mulher habituada aos tribunais.

📌 FONTE:
       Equipe  World Review Magazine

📌SUPERVISÃO/COORDENAÇÃO:
      Professores Felippe Ramos e Murilo Jacques

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