Presidentes do Brasil e da China assinam 37 acordos bilaterais
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Após cinco dias de apuração nas eleições dos EUA, Joe Biden já é considerado o novo líder da Casa Branca. Para vencer, o candidato deveria alcançar o total de 270 delegados, número ultrapassado pelas projeções de vitória no Arizona e na Pensilvânia. Apesar das alegações de fraude do opositor, Donald Trump, veículos de imprensa do país declaram a vitória do democrata.
Nos últimos dias, os candidatos disputaram a vitória em seis estados. Em Nevada e no Arizona, Biden possuía vantagem. Na Geórgia, por muito tempo um estado de inclinação republicana, e na Pensilvânia, a diferença entre os candidatos diminuiu progressivamente em favor do democrata. Com quase todas as urnas apuradas, ambos exibiam uma disputa acirrada. Garantida a Pensilvânia, o número de delegados alcançados por Biden ultrapassou o total necessário para a vitória. Durante as eleições, foi estimado que boa parte das votações por correio seriam favoráveis ao novo presidente, uma vez que eleitores democratas estiveram mais inclinados a enviar as suas cédulas antecipadamente para evitar o contágio por coronavírus.
Período Eleitoral
Durante os debates eleitorais, algumas frases de Biden e Trump chamaram a atenção dos candidatos e da imprensa internacional. Biden, por exemplo, falou em entrevistas sobre o seu suposto histórico incomparável em relação a políticas raciais. Porém, em sua carreira, foi um oponente forçado da segregação afirmativa, política que admitia crianças serem levadas para escolas mais distantes em prol da diversidade racial. Possui, também, um histórico de falas que, embora moderadas na época, se repetidas atualmente seriam consideradas extremamente racistas. Em relação à acusação de uma jovem que se sentiu desconfortável com uma fala sua, Biden declarou: “Me arrependo por não entender mais. Mas não me arrependo de nenhuma de minhas intenções. Não me arrependo de nada que já fiz. Eu nunca fui desrespeitoso intencionalmente com nenhum homem ou mulher."
A carreira política do republicano Donald Trump é especialmente marcada por falas polêmicas bastante criticadas na internet. No primeiro debate presidencial de 2020, Biden pediu a Trump para denunciar o grupo violento, nacionalista branco de extrema direita “Proud Boys”. Em tom de comando, Trump não denunciou, mas incentivou a vigilância: “Proud Boys, para trás e não façam nada (ainda).”
Nos últimos meses, Trump repetidamente afirmou incorretamente que os EUA estavam indo bem no combate ao coronavírus e que a vacina chegaria em breve. O país, no entanto, possui as taxas de infecção mais altas do mundo. Na semana de apuração, repetidamente acusa resultados eleitorais que não o favorecem de serem fraudulentos, distorcendo fatos e exagerando os defeitos do voto pelo correio: "Nós reivindicamos, para propósitos eleitorais, a comunidade da Pensilvânia (que não quer permitir fiscalizadores legais), o estado da Geórgia, e o estado da Carolina do Norte, cada um desses tendo uma grande liderança de Trump. Adicionalmente, nós aqui reivindicamos o estado do Michigan que, de fato, teve um grande número de cédulas jogadas fora secretamente como foi amplamente divulgado!”
Futuro pós eleição - 2021
Em relação às mudanças estruturais, econômicas e políticas que poderiam acontecer com a reeleição de Trump, algumas chamam maior atenção, como a saída da OMC e a liderança do partido republicano.
O presidente derrotado prometeu a redução de gastos com a ajuda militar em outros países, mantendo o foco na proteção do território americano. Em relação à saúde, defendeu que as famílias escolhessem o plano de saúde privado da sua escolha, com intuito de reduzir o custo de atendimento médico, fornecendo novos planos para consumidores e pequenas empresas.
Na política externa, alguns pontos se destacam: a rejeição do acordo nuclear com o Irã, a retirada dos soldados americanos do Afeganistão e uma posição hostil em relação à China. Na economia, Trump propôs cortar o imposto sobre o salário, que financia a seguridade social, e se opôs ao aumento de impostos sobre os lucros e capital das empresas. No comércio, defendeu a imposição de políticas alfandegárias aos produtos estrangeiros em favor do produto nacional. Quanto ao meio ambiente, a saída do acordo de Paris causa alerta, bem como as posições republicanas sobre as mudanças climáticas e a utilização de combustíveis não-renováveis.
Ao considerar a vitória do democrata Joe Biden, a curto prazo, há risco de contestação do resultado por parte de Donald Trump, a exemplo de Wisconsin, o que pode gerar instabilidade política no país com oportunidade para a explosão de violência nas ruas.
Em relação a questões políticas e econômicas, o confronto com a China não apresenta fim, porém, não possui a hostilidade da administração Trump. Biden acredita que a China deve ser enfrentada junto a outros aliados dos EUA, sem tarifas diretas e não de forma protecionista. Outras mudanças significativas a observar são a forma de combate ao coronavírus e a reversão da decisão de saída da OMC.
Ainda durante os debates eleitorais, alguns pontos que convergem diretamente na relação com o Brasil foram mencionados. Um deles é a questão ambiental, ponto forte da campanha de Joe Biden. O candidato democrata citou o desmatamento na Amazônia e a intenção de criar um fundo de 20 bilhões de dólares para ajudar o Brasil na preservação da floresta, junto a outros países. Biden também falou em consequências econômicas graves para o Brasil, caso não aceitasse e continuasse a permitir que a floresta fosse devastada. A derrota de Trump, no entanto, anuncia o distanciamento no alinhamento entre os presidentes do Brasil e EUA, característica marcante do governo Bolsonaro.
📌 FONTE:
Equipe World Review Magazine
📌SUPERVISÃO/COORDENAÇÃO:
Professores Felippe Ramos e Murilo Jacques
📌EQUIPE DE JORNALISMO:
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