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O Met Gala não é apenas uma noite de moda, é um monumento ao poder simbólico e financeiro da cultura. Organizado no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, o evento vai muito além do desfile de celebridades e sustenta o Costume Institute, único setor do museu que banca seu próprio orçamento. A cada ano, a primeira segunda-feira de maio vira palco de um espetáculo que funde arte, vaidade, filantropia e status.
Em 2025, o evento atingiu o auge. Com uma arrecadação de mais de US$ 31 milhões, o Met Gala conquistou o maior valor de sua história. O feito ocorre em um momento em que instituições culturais disputam espaço, atenção e doações. A magnitude do número evidencia o alcance do evento e o peso que a indústria do entretenimento, da moda e da imagem exerce sobre o financiamento da arte.
A edição foi marcada por um tema poderoso: “Superfine: Tailoring Black Style”, que reconheceu e celebrou três séculos de moda negra. Esta virada estética e política atraiu nomes como Colman Domingo, LeBron James e Pharrell Williams, transformando a noite em uma declaração de prestígio e reparação histórica. Não se tratou apenas de glamour, mas de narrativa, visibilidade e propósito.
O recorde não se explica apenas pelos preços dos ingressos, que são em média, US$ 75.000 — mas só pode ser adquirido por convite e uma mesa para 10 pessoas saí por US$ 350.000. Mas reflete o que o Met Gala representa: um lugar onde capital, influência e simbologia cultural se encontram para gerar muito mais que cifras. É o Super Bowl da sofisticação.
Anna Wintour, a mente por trás da evolução do evento, transformou uma gala beneficente em um fenômeno global. Em um mundo onde a atenção é um bem escasso, fazer com que o planeta inteiro olhe para a escadaria de um museu por uma noite inteira é mais que um simples feito.