Gente

Sinos ecoam no Vaticano na despedida do Papa Francisco

Sinos ecoam no Vaticano na despedida do Papa Francisco
Ana Virgínia Vilalva

Ana Virgínia Vilalva

26/04/2025 6:30pm

Fotos: Ansa e Reprodução Instagram @vaticannewspt

Os sinos da Basílica de São Pedro voltaram a soar neste sábado (26) ao final da Missa das Exéquias do Papa Francisco, em uma cerimônia que reuniu milhares de fiéis no Vaticano. Cerca de 50 mil pessoas ocuparam a Praça São Pedro — sua capacidade máxima —, enquanto outras 200 mil acompanharam a celebração através de telões instalados em diversos pontos, inclusive na Basílica de Santa Maria Maior, onde o pontífice foi sepultado.

A despedida do Papa mobilizou um forte esquema de segurança em Roma, com o espaço aéreo da cidade controlado, drones de vigilância em operação e atiradores de elite posicionados ao longo do percurso do cortejo fúnebre.

Por volta das 12h30, o caixão com os restos mortais de Francisco deixou a Basílica de São Pedro rumo à Santa Maria Maior, conduzido em um papamóvel sob aplausos e homenagens emocionadas. A multidão, estimada em 150 mil pessoas ao longo dos mais de quatro quilômetros de trajeto, saudava o cortejo com gritos de “Viva Francisco! Viva Francisco!”.

Em frente à Basílica de Santa Maria Maior, um grupo de pessoas pobres, refugiados e necessitados aguardava para receber o caixão do Papa — em mais um gesto simbólico da opção preferencial pelos marginalizados que marcou seu pontificado.

O sepultamento em Santa Maria Maior

O sepultamento ocorreu em um nicho no corredor lateral da Basílica Liberiana, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza. A cerimônia, marcada pela simplicidade e solenidade, foi antecedida pelo canto de quatro salmos e cinco preces de intercessão, seguidos pela oração do Pai-Nosso.

Antes de o caixão ser depositado no túmulo, recebeu os selos do cardeal camerlengo Kevin Joseph Farrell, da Prefeitura da Casa Pontifícia, do Escritório de Celebrações Litúrgicas do Romano Pontífice e do Capítulo Liberiano. Em seguida, foi aspergido com água benta ao som do canto Regina Caeli.

A última formalidade foi a leitura do ato oficial de sepultamento, redigido pelo notário do Capítulo Liberiano e assinado pelo cardeal camerlengo, pelo regente da Casa Pontifícia, monsenhor Leonardo Sapienza, pelo mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dom Diego Ravelli, e pelo próprio notário.

A Basílica de Santa Maria Maior, tão querida por Francisco, agora abriga seu descanso eterno, em meio às orações e à gratidão de milhões de católicos ao redor do mundo.